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Comércio externo da China avança e reanima economia - 12/08/2013

ChinaUma recuperação surpreendentemente firme das exportações e importações chinesas em julho deu esperanças de que a segunda maior economia do mundo está no caminho da estabilização depois de mais de dois anos de crescimento lento.

As importações de petróleo e minério de ferro cresceram depois de fortes baixas durante vários meses registrando altas recorde no mês passado, e as compras de soja chegaram a níveis históricos pelo segundo mês consecutivo.


Uma estabilização da economia deixa aliviados os líderes chineses que têm se empenhado para reativar o crescimento. Há o temor de que uma desaceleração brusca leve ao fracasso os esforços de uma reforma da economia para que seja mais impulsionada pelo consumo do que pelo investimento.

Os dados fornecido pela Administração Alfandegária mostram que as exportações aumentaram 5,1% em julho sobre igual período de 2012, uma reviravolta em relação ao mês de junho, quando se registrou a primeira queda em 17 meses. Os analistas esperavam uma alta de 3%. As importações tiveram um desempenho ainda melhor, com um salto de 10,9% em relação ao ano anterior, cinco vezes maior do que o prognosticado. O surpreendente fortalecimento das importações deixou a China com um superávit comercial de US$ 17.800 bilhões, valor menor do que o previsto.

"O mês de julho parece refletir um retorno a uma tendência "normal", relativamente pouco

inspiradora" disseram analistas da Moody´s em nota.

"Em outras palavras embora pareça que o pior já passou, a recuperação será relativamente apática" acrescentaram.

Com efeito, as exportações nos três meses encerrados em 31 de julho registraram seu aumento anual mais lento desde outubro de 2009, segundo a Reuters. Contudo as bolsas asiáticas registraram altas depois da divulgação dos dados.

O desempenho comercial chinês oscilou fortemente este ano depois de revelado que os dados foram inflados pelas companhias que reportaram contratos falsos para dissimular transferências ilegais de dinheiro, e posteriormente serem corrigidos pelo governo, que anulou as transações fictícias.

Segundo os analistas, os dados de julho provavelmente tiveram distorções mínimas, mas alguns alertaram para não se concluir que a evolução positiva deveu-se a uma melhora efetiva da demanda final Houve um grande aumento das importações de matéria prima no mês passado, com as compras de minério de ferro saltando 17% em relação a junho, atingindo um patamar histórico de 62,3 milhões de toneladas.

Para alguns analistas, as compras de matéria prima em julho podem ter sido infladas por contratos não processados e foram originados em junho.

"Creio que as compras têm a ver com o fato de a cifra de junho ter sido baixa e posteriormente foi atualizada em termos de toneladas", disse Graeme Train, analista da Macquarie cm Xangai. "Contudo as tendências continuam sólidas." "Houve uma série volátil de dados, mas prevejo que a tendência de vigorosas importações (de minério) continua.

As importações de soja também registraram altas recorde pelo segundo mês consecutivo, apesar de os analistas afirmarem que o aumento em parte foi resultado de entregas atrasadas do produto proveniente do Brasil, por causa dos portos brasileiros congestionados.

As importações de petróleo, pelo contrário, foram impulsionadas pela reposição dos estoques pelas refinadoras depois de um período de três meses de calmaria e com a entrada em operação de novas refinarias.

As exportações para os Estados Unidos registraram um aumento anual de 5,3% enquanto para a Europa o incremento foi de 2,8%, à medida que estes dois maiores mercados para a China contabilizaram seus maiores ganhos desde fevereiro. As exportações chinesas para o Sudeste Asiático também registraram aumento.

Os dados comerciais foram vistos como sinal positivo para os dados da produção industrial na sexta-feira, com os economistas prevendo um aumento anual de 9% em julho.

O Estado de S. Paulo
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