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IV Encontro Nacional das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras - 08/11/2012

Com o objetivo de incentivar a presença de empresas brasileiras no comércio internacional – atualmente as exportações do País respondem por apenas 1,2% das vendas globais –, o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIex) pretende expandir suas bases de atuação para mais estados brasileiros (além dos sete em que já opera) e aumentar o atual número de 30 empresas participantes das atividades que desenvolve. Essas ações foram um dos assuntos discutidos ontem durante o 4º Encontro Nacional das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras, realizado na capital paulista.

Considerando essa necessidade de maior participação no comércio exterior, tem conquistado ainda mais importância o papel do CECIex – nascido na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no último mês de junho ele passou a ser uma instituição com identidade jurídica própria. Dessa forma, ele tem condições de ser um canal mais eficiente de reivindicações dos empreendedores ao governo federal no que se refere às normas e exigências para o comércio com outros países.

Para Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp, Brasil precisa voltar a ser competitivo no mercado internacional./L.C.Lete-LUZ

Para Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp, Brasil precisa voltar a ser competitivo no mercado internacional./L.C.Lete-LUZ

 

Falta inovação

Os participantes do encontro debateram os obstáculos que dificultam o acesso a mercados internacionais. Entre eles, foi destaque o mau desempenho do Brasil em termos de inovação: em um ranking internacional concluído no ano passado, o País ocupava apenas o 48º lugar. Quando se fala de competitividade, a economia brasileira era a 38ª colocada na lista.

O presidente do CECIex, Roberto Ticoulat, destacou o crescimento da instituição depois de ter fechado parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "O governo brasileiro reconhece que ajudar empresas pequenas e médias que desejam se inserir no mercado internacional também significa estimular a inovação. O Brasil precisa se preparar para crescer nesse contexto", disse.

O encontro de ontem foi idealizado pela ACSP em conjunto com o CECIex, com o apoio da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Apex-Brasil.

No início do evento, o presidente da ACSP e da Facesp, Rogério Amato, afirmou que o trabalho do CECIex e da ApexBrasil construiu um novo entendimento do papel das empresas comerciais importadoras e exportadoras no País. Na avaliação dele, esse tipo de atuação é muito importante, ainda mais considerando o fato de o Brasil passar por uma verdadeira guerra comercial. "Precisamos voltar a ser competitivos. Espero que todos entendam a necessidade de mobilização para que o País cumpra o seu papel", disse.

Participantes do encontro das comerciais importadoras e exportadoras discutiram saídas para aumentar presença do Brasil no comércio global./L.C.Leite-LUZ
Participantes do encontro das comerciais importadoras e exportadoras discutiram saídas para aumentar presença do Brasil no comércio global./L.C.Leite-LUZ

 

Incentivos às empresas

O gestor de Projetos Especiais da Apex-Brasil, Mauricio Manfré, afirmou que os esforços de ACSP e CECIex já conseguiram deixar claro para o governo a importância das comerciais importadoras e exportadoras no atual contexto econômico. "Hoje, 10% das exportações brasileiras são realizadas pelas comerciais exportadoras, vendas que, em volume, correspondem a 30% do total", acrescentou. Ele lembrou, ainda, que a Apex-Brasil realizou cerca de 40 rodadas de discussões, que envolveram aproximadamente mil empresas.

O coordenador da Unidade de Desenvolvimento de Novos Produtos da Apex-Brasil, Juarez Leal, ressaltou as ações da agência para incentivar os empreendedores a criar programas inovadores e levá-los a assumir o risco de colocar em prática projetos diferenciados. Já aceitaram esse tipo de desafio, dentro do Projeto Tradings, pequenas e médias empresas dos ramos de moda, tecnologia, casa e construção, entretenimento e alimentos e bebidas de todo o País.

O secretário-adjunto da Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura Municipal de São Paulo, Guilherme Mattar, ressaltou a importância do incentivo às práticas de economia criativa na capital paulista que resultaram em crescimento econômico.

De acordo com ele, a capital paulista responde por boa fatia do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, entre outros fatores por causa dos estímulos à criação de empreendimentos diferenciados e das parcerias com capitais estrangeiras para a troca de experiências (ele citou as cidades de Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile). "As empresas comerciais importadoras e exportadoras precisam de cada vez mais representatividade para aproveitar o espaço que o governo começa a oferecer à indústria no Plano Brasil Maior, com uma pauta muito bem definida de reivindicações", afirmou.


Criatividade

O coordenador de Negócios Internacionais da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), Luiz Roberto Carnier, ressaltou durante o evento que a criatividade é o maior diferencial das empresas brasileiras para alcançar bons resultados na oferta de produtos e serviços.

Na avaliação dele, as comerciais importadoras e exportadoras devem oferecer a seus clientes, além de segurança nas transações e garantia de cumprimento de prazos de entrega e pagamento, novas oportunidades de negócios com pesquisa de nichos de atuação ainda desconhecidos e estudos de condições em que novas parcerias podem se estabelecer.

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