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Novos terminais intermodais impulsionam o escoamento de grãos pelo Centro-Norte - 31/03/2016




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O Estado do Tocantins ganhou, nesta semana, dois novos terminais intermodais para transbordo e armazenagem de grãos que, somados, terão capacidade para movimentar por ano cerca de 6 milhões de toneladas de produtos como soja, milho e farelo. Os empreendimentos foram viabilizados graças ao investimento de R$ 264 milhões da VLI, empresa especializada em operações logísticas para integração multimodal.


Os terminais traçarão uma nova rota para o escoamento de grãos, e prometem ter um impacto substancial sobre a matriz de transportes brasileira, uma vez que, hoje em dia, a exportação dessas commodities é concentrada nas regiões sul e sudeste do país. Dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) apontam que, embora os Estados do Mato Grosso, Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Bahia e Piauí produzam juntos mais da metade da produção nacional de soja e milho, menos de 20% dos grãos provenientes dessas regiões são escoados e exportados pela infraestrutura dos portos do Norte e Nordeste. Todo o excedente da produção, ou seja, mais de 80% ainda utiliza a infraestrutura do Sul e Sudeste do país. Os planos da VLI para o Corredor Centro-Norte incluem oferecer suporte ao crescimento da produção com uma infraestrutura viável e eficiente.


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As unidades seguem o modelo dos terminais integradores implantados pela VLI em outras regiões do Brasil e funcionam como polos concentradores de carga, aumentando a agilidade do escoamento de produtos pela ferrovia até o porto. Os ativos destinados ao transbordo e armazenagem de grãos estão localizados nas cidades de Porto Nacional e Palmeirante, e fazem parte da estratégia da companhia para alavancar o crescimento do corredor logístico Centro-Norte, um território bastante importante na produção agrícola do Brasil, que engloba os estados do Tocantins e Maranhão.


Os produtos originários das regiões produtoras do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do Mato Grosso, Goiás e Pará, chegam de caminhão aos terminais, onde se realiza a descarga, o armazenamento e o transbordo dos grãos para os trens. Os vagões carregados seguem pela Ferrovia Norte Sul (FNS), em trecho também controlado pela VLI, para o Porto do Itaqui, em São Luís, de onde seguem para exportação.


Rota agrícola e crescimento

A construção do Terminal Integrador (TI) Porto Nacional e do Terminal Integrador (TI) Palmeirante vem atender à demanda crescente por alternativas para o transporte e exportação de grãos na região Norte e Nordeste, colaborando para a redução dos gargalos logísticos na cadeia nacional.


O plano de negócios da VLI prevê ainda investimentos “robustos” no corredor Centro-Norte, impulsionados pelo desenvolvimento da região e pela demanda de transporte ferroviário, principalmente para grãos. Além da inauguração dos novos terminais, a empresa também investiu na construção do ramal ferroviário de acesso ao Tegram. O montante (que gira em torno de R$ 1,7 bilhão de reais) inclui a aquisição de novas locomotivas e vagões, a construção e ampliação de pátios de cruzamento de trens ao longo da FNS, além da construção de uma oficina de manutenção ferroviária no Maranhão.


A localização geográfica dos empreendimentos favorece o fluxo constante dos produtos pela ferrovia, com sistemas automatizados de recepção, pesagem e carregamento, o que promete alta produtividade e segurança operacional. Os empreendimentos possuem uma pera ferroviária interligada à malha da Ferrovia Norte Sul e tulha de carregamento com capacidade para trens de até 80 vagões em 4h30min. Trata-se de uma solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem necessidade de desmembrar o trem, o que aumenta a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais.


No TI Porto Nacional, pode-se armazenar até 60 mil toneladas de grãos e movimentar 2,6 milhões de toneladas do produto por ano. Já o TI Palmeirante possui um armazém de 90 mil toneladas, considerada atualmente a maior estrutura de armazenagem do Tocantins, com possibilidade de expedição de até 3,4 milhões de toneladas anualmente. Os terminais possuem ainda silo pulmão, balanças rodoviárias e ferroviárias, tombadores para caminhões, tulha ferroviária para carregamento de dois vagões simultaneamente, prédio para classificação de grãos e área administrativa.


Além de incrementarem a infraestrutura logística, os empreendimentos contribuem para o desenvolvimento local. A VLI informa que, durante a construção, foram gerados em torno de 600 empregos em cada uma das obras e, com o início das operações, cerca de 200 postos de trabalho foram criados por terminal.

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