facebooklinkedin
Publicidade
:: Home :: Notícias :: Brasil e México discutem ampliação do ACE 53
Notícias Veja mais
Brasil e México discutem ampliação do ACE 53 - 01/03/2016

 

Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estiveram na semana passada em missão oficial ao México, onde se reuniram com autoridades do governo e empresários mexicanos e brasileiros para avaliar o andamento das negociações para ampliação do ACE (Acordo de Complementação Econômica) 53, cujo foco é ampliar o universo de bens com desgravação tarifária.

Segundo o coordenador geral de negociações Comerciais Regionais e Bilaterais do Ministério da Agricultura, Gustavo Domingues, em 2014, o México foi o nono maior importador mundial, e o único entre os grandes importadores agrícolas a apresentar uma participação irrisória de produtos brasileiros no seu mercado: o Brasil foi responsável por apenas 0,74% das importações agrícolas mexicanas, que correspondeu a cerca de US$ 28 bilhões.

Armando Monteiro avaliou as rodadas como construtivas, e enumerou os desafios para os próximos passos da negociação. “Temos com o México uma relação prioritária, que se expressa na negociação em curso para ampliação do ACE-53. Na reunião que tivemos com o ministro Guajardo, fizemos uma avaliação do andamento das negociações e reafirmamos a disposição de ampliar ao máximo a cobertura do acordo, que não envolverá apenas bens, mas também temas fundamentais para a ampliação das nossas relações comerciais, como compras governamentais, serviços, propriedade intelectual e convergência regulatória”.

O ministro aproveitou para ressaltar a importância de se estabelecer um intercâmbio comercial com mais dinamismo entre as duas nações: “O Brasil e o México têm trocas que representam US$ 8 bilhões, o que representa apenas 0,8% do volume de comércio com o mundo. Me arrisco a dizer que podemos quintuplicar a corrente de comércio num prazo relativamente curto se alcançarmos melhores condições de acesso recíproco a ambos os mercados”, afirmou.

Na segunda reunião, esta com a Comissão Bilateral Brasil-México, que incluiu a secretaria de Relações Exteriores do México, Claudia Ruiz, Armando Monteiro afirmou ainda que há oportunidades importantes na área de infraestrutura, divulgando aos presentes o programa de concessões do Brasil, com perspectivas de investimentos de mais de RS 50 bilhões em ferrovias, rodovias, portos e aeroportos. “Podemos fazer modelos exitosos de associação de interesses e de capitais mexicanos e brasileiros aproveitando esse momento e esse programa”.

Cachaça e Tequila

2016_02_29_mexicoA missão do MDIC também incluiu o estabelecimento do “Acordo para reconhecimento mútuo da cachaça e da tequila, como Indicações Geográficas e Produtos Distintivos do Brasil e do México”, que garante a proteção recíproca das bebidas nos mercados mexicano e brasileiro. Na prática, significa dizer que, após a entrada em vigor, toda a bebida vendida no Brasil com o nome de “tequila” será obrigatoriamente mexicana, enquanto toda cachaça vendida no mercado mexicano deverá, necessariamente, ter sido fabricada no Brasil.

Em 2015, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, o Brasil exportou 40 mil litros de cachaça para o México, o que representou vendas de US$ 65,5 mil. O México foi o 22º maior mercado consumidor da cachaça brasileira, cuja exportação total chegou a 7,8 milhões de litros no ano passado.

Guia Marítimo
Calendário de eventos
Abril