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Colômbia busca mais aportes de companhias brasileiras - 14/05/2014

A Colômbia tem buscado ampliar os investimentos de empresas brasileiras em seu território. De acordo com o gerente de investimento da Proexport Colômbia, Santiago Vieira, os direcionamentos de recursos brasileiros no país latino-americano vêm crescendo nos últimos anos, em diversos setores da economia.

O diretor da Proexport no Brasil, Alejandro Peláez, afirma, inclusive, que as pequenas e médias empresas brasileiras têm destaque nessa busca de investimentos pela Colômbia. "Uma empresa média no Brasil, é considerada, atualmente, uma grande empresa na Colômbia", diz o diretor sobre uma das vantagens que ele considera para esse segmento, em uma coletiva de imprensa organizada pela Proexport Colômbia ontem na cidade de São Paulo.

Um dos exemplos que Peláez cita é o caso da Ortobras, empresas gaúcha localizada na cidade de Barão, que fabrica produtos de acessibilidade, como cadeiras de rodas. "A Ortobras é uma empresa que decidiu investir na Colômbia, na cidade de Calle, porque o principal cliente dela, a Marcopolo [fabricante de ônibus], tem nosso país como um hub de exportação para os mercados da América Central e da América do Sul. Então, ela precisa estar perto de seu cliente", diz Peláez. De acordo com ele, a empresa gaúcha já investiu US$ 8 milhões no país.

"A Ortobras não está entre as mil maiores empresas do Brasil e nem se quer entre as cem maiores empresas do Rio Grande do Sul. Então, acredito que este é um exemplo de como uma empresa pequena pode investir na Colômbia", diz o diretor da Proexport.

O gerente de investimento Santiago Vieira comenta que o setor de biocombustível é uma outra área a ser explorada, já que o Brasil é líder na produção de etanol e biodiesel. "A Colômbia se tornou o quarto produtor de azeite de palma e tem, hoje, uma produção importante de cana-de-açúcar. É um setor muito recente no país e as médias empresas brasileiras têm oportunidades de prestarem serviços a essa área", afirma Vieira.

Ele também destaca que a Colômbia tem travado um debate sobre como produzir energia a partir de fontes alternativas e renováveis e coloca o Brasil como um parceiro nesse setor.

Outras oportunidades que se abrem são para pequenas e médias empresas de metalomecânica e de autopeças, de desenvolvimento de software e de serviços para petroleiras de óleo e gás.

De acordo com a Proexport, as Zonas Francas da Colômbia oferecem alguns benefícios para empresas estrangeiras, dentre eles, ausência de restrição nas vendas ao mercado local e isenção de impostos de importação e de Imposto de Valor Agregado.

Alguns setores que eles consideram mais atrativos, atualmente, para o empresariado brasileiro são cosméticos e higiene pessoal, serviços petrolíferos, fundos de capital, software e TI, agroindústria, setor farmacêutico, etc.

A Odebrecht e a Camargo Corrêa são algumas das empresas que estão hoje na Colômbia investindo em infraestrutura.

De acordo com a Proexport, a empresa brasileira de tecnologia de informação Algar pretende investir no país US$ 12 milhões de dólares, o seu primeiro investimento fora das fronteiras nacionais. Outra que planeja investir na Colômbia é a empresa de telecomunicações Contax que prevê um direcionamento de recursos no valor de R$ 30 milhões.

Há também investimentos do Banco Itaú e da BTG Pactual no país sul-americano.

Atualmente, não há nenhum acordo comercial entre o Brasil e a Colômbia que evite a bitributação, no entanto, Peláez destacou que o governo colombiano estuda como implementar um tratado que abarque essa questão.

De acordo com a Proexport, a Colômbia é o quarto principal destino de investimentos do Brasil e o segundo da América Latina, atingindo um acumulado entre 2000 e 2014 de mais de US$ 1,8 bilhão. Em 2013, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) que a Colômbia recebeu superou o valor de US$ 16 bilhões.

Além disso, a Colômbia se destaca, atualmente, como a quarta economia da América Latina.

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