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Setores trabalham para ampliar exportações de medicamentos - 27/08/2013

O saldo negativo acumulado na balança comercial pela indústria brasileira de farmacoquímicos e farmacêuticos nos últimos anos acendeu o sinal de alerta dos empresários e entidades que atuam no setor sobre a importância de projetos que estimulem a exportação de insumos e produtos.

Apenas no ano passado, o déficit da cadeia produtiva farmacêutica brasileira cresceu 4,8%, saltando de US$ 6,334 bilhões em 2011, para US$ 6,637 bilhões em 2012, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Farmacoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi).

Para mudar essa realidade, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) e a Abiquifi se uniram para discutir novos modelos de atuação.

"Quando falamos sobre balança comercial, entendemos que não há problema em ser um grande importador, desde que as exportações sigam o mesmo ritmo. Isso não acontece no Brasil. Hoje, somos grandes importadores", disse o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Entre 2000 e 2012, as importações brasileiras de produtos farmacêuticos cresceram aproximadamente 381,3%, somando US$ 6,840 bilhões no ano passado, enquanto as exportações registraram um crescimento de 585,3%, mas somaram apenas US$ 1.494 bilhões em 2012, segundo dados da Sindusfarma.

Para mudar essa realidade, algumas ideias já estão sendo colocadas em prática, de acordo com Mussolini. Entre elas estão o reconhecimento internacional do elevado padrão regulatório brasileiro e o foco na exportação de produtos acabados, que apresentam maior valor agregado.

"Por enquanto, o foco está na comercialização de produtos acabados. Mas sabemos que daqui a um tempo, teremos que abrir novos mercados. Esse trabalho deve ser feito a longo prazo", ressaltou Mussolini.

Segundo o executivo, existe um forte incentivo por parte do governo federal para fomentar a produção nacional de medicamentos biológicos, que aparece como um novo nicho de mercado para os fabricantes brasileiros.

O projeto de internacionalização do setor também discute uma presença mais forte dos fabricantes nacionais no exterior, por meio de participações em feiras e aberturas de filiais.

Para o presidente da Abiquifi, José Correia da Silva, para alavancar as exportações é necessário se aproximar dos compradores estrangeiros. "Precisamos visitar os médicos lá fora, como fazemos no Brasil, para apresentar nossos produtos. Além disso, é necessário participar de feiras e de treinamentos constantes", afirmou.

Segundo o executivo, as diferenças nos sistemas regulatórios vigentes em cada País, também prejudicam a comercialização. "Por isso, a atuação em parceria com a Anvisa é importante. Nos últimos anos, a entidade vem realizando mudanças necessárias para facilitar nossa inserção no exterior", disse Correia.

Entre 2008 e 2012, as importações de farmacoquímicos e adjuvantes farmacotécnicos cresceram 25,2%, enquanto as exportações aumentaram 103%, somando US$ 857,6 milhões em 2012.

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