facebooklinkedin
Publicidade
:: Home :: Notícias :: Inovação no dia a dia do empresário
Notícias Veja mais
Inovação no dia a dia do empresário - 25/03/2013
É praticamente inviável ao exportador brasileiro fazer guerra de preços com as economias asiáticas. 
 
Culpa do chamado Custo Brasil – gastos trabalhistas, tributários e logísticos, entre outros – que mina a competitividade das empresas do País. Mas há caminhos que podem recolocar o Brasil na briga por um viés alternativo. Por exemplo: em vez de baixar os preços, buscar elevar o padrão dos produtos e dos serviços.
 
Para tanto, é fundamental as empresas investirem em inovação, algo que começa a entrar na cabeça dos empresários brasileiros e a fazer parte do dia a dia.
 
A busca por inovação como meio de conquistar o mercado externo foi tema da 45ª edição do Exportar para Crescer, evento realizado pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) em parceria com o governo do Estado de São Paulo, que tem a intenção de fomentar as exportações paulistas. 
 
"O Brasil tem problemas. Nós exportamos um quilo de algodão e importamos um quilo de roupas chinesas", disse Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador da Agência USP de Inovações durante o evento, que foi realizado ontem na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro da Capital paulista.
 
Bagnato apontou as incubadoras como meio para que as empresas brasileiras, em especial as pequenas, descubram seus potenciais para inovação.
 
Incubadoras – Nos próximos meses, a Universidade de São Paulo (USP) vai incorporar o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), uma das principais incubadoras do País. 
 
"É difícil mudar a política cambial, o sistema tributário. Mas podemos inovar, incorporar tecnologia às empresas para que ganhem competitividade", disse o coordenador da Agência USP.
 
"No segmento têxtil, não podemos competir com os preços da Ásia, mas temos condição de fazer produtos com design melhor", acrescentou Bagnato.
 
Universidades – Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp, destacou no evento realizado na sede da associação, a necessidade de aproximar as empresas dos conhecimentos existentes nas universidades do País.
 
"Inovação não é um luxo, é hoje uma necessidade, é garantia de sobrevivência para as empresas", disse Rogério Amato, em seu pronunciamento para o público que lotou o auditório.
 
Mas o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer neste campo do desenvolvimento. Dados do Instituto de Estudos Para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), citados no evento por José Candido Senna, coordenador geral do Exporta, São Paulo, braço da Facesp que organiza o Exportar para Crescer, mostram a distância que o País está de economias que apostaram em inovação no passado. 
 
Os dados do Iedi são de 2009. Eles indicam que, enquanto o Brasil investiu US$ 23,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, a China investiu US$ 155,3 bilhões.
 
Naquele ano, o saldo comercial da indústria de alta tecnologia do País foi negativo em US$ 18,4 bilhões, enquanto o da indústria Chinesa foi positivo em US$ 113 bilhões. 
Patentes – Enquanto o número de patentes brasileiras à época era de 464, as patentes chinesas chegaram a 6.689. Neste processo, lembrou o coordenador Senna, "a China avançou sobre mercados que eram nossos, em especial os da América Latina".
 
Para Bagnato, é justamente na América Latina onde se encontram as melhores oportunidades para as empresas exportadoras brasileiras. 
 
"São mercados carentes em inovação, em especial nas áreas de infraestrutura e saúde", disse o coordenador da Agência USP.
 
Após as palestras trazidas pelo Exportar para Crescer, os empresários realizaram um encontro de negócios, onde empresas produtoras e prestadoras de serviços puderam trocar informações e experiências com tradings e comerciais exportadoras.
Diário do Comércio
Calendário de eventos
Abril