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Executivos acreditam no Brasil - 10/10/2012

Mesmo com o baixo desempenho da economia brasileira até agora, os empresários se mostram otimistas para o crescimento de suas vendas em 2013. É o que revela a pesquisa Indicadores de Mercado 2013 da Câmara Americana de Comércio (Amcham) – realizada pelo Ibope Educação em setembro – e divulgada na manhã de ontem.
De acordo com o estudo – que ouviu 214 executivos – 65% disseram que suas vendas vão crescer este ano na comparação com 2011. O percentual é menor do que no ano passado, quando 71% disseram esperar alta no indicador. Para 24%, as vendas devem permanecer estáveis neste ano. Apenas 11% disseram que haverá queda em 2012.


De acordo com o estudo, diminuiu o número de entrevistados que relataram o aumento de investimentos neste ano. Segundo a pesquisa, 44% disseram que os investimentos crescerão, contra um percentual de 53% em 2011. Por outro lado, houve aumento de executivos que disseram que os investimentos permanecerão estáveis neste ano – de 38% em 2011 para 42% em 2012. Além disso, 14% dos entrevistados disseram que haverá queda dos investimentos neste ano, contra 10% no ano passado.

Questionados sobre os fatores internos que influenciaram o desempenho em 2012, 70% dos executivos atribuíram os resultados à gestão e à equipe, percentual menor do que em 2011, quando esta resposta foi dada por 76% dos entrevistados.


Qualidade e inovação– Um dado que chama a atenção na pesquisa é que 59% disseram que a qualidade ou inovação de produtos e serviços devem influenciar o resultado da empresa neste ano.


Em 2011, apenas 46% tinham mencionado esta resposta. "Os empresários estão otimistas e é consenso que há uma série de gargalos como a busca de eficiência, mão de obra e infraestrutura. É interessante o dado sobre inovação, área em que poucas empresas se aventuram", afirma o economista-chefe do banco HSBC, André Loes, que mediou o encontro de empresários "Business Round Up – Perspectivas para 2013" na Amcham.


Entre os fatores do ambiente externo que devem influenciar os resultados das companhias neste ano, 60% disseram que foi o aumento da concorrência interna e externa, ante 49% em 2011. Para 42%, legislação, regulamentação e políticas públicas influenciaram seus resultados. No ano passado, este percentual ficou em 30%.


De olho em 2013 – Para o próximo ano, o otimismo é maior: 88% dos executivos esperam aumento nas vendas, enquanto 16% disseram acreditar na estabilidade e apenas 3% em recuo. Segundo o estudo, 71% dos empresários projetam um lucro maior para 2013, enquanto 22% esperam estabilidade e 7%, queda.


A expectativa para o aumento de investimentos é maior para 52%, enquanto 41% acreditam na estabilidade e 7% em redução. Para os executivos ouvidos, seus investimentos em 2013 serão voltados a estratégias comerciais (71%), marketing (54%) e inovação e tecnologia (53%).


Preocupação – A maior preocupação para 63% é com a desaceleração da economia nacional, seguida por impostos e carga tributária (55%). Para 45%, preocupa a disponibilidade e qualificação de mão de obra e para 23%, o que preocupa é a legislação e regulamentação.


A maioria dos entrevistados (44%), diz acreditar que o Brasil não apresentará alterações no ranking mundial de investimentos estrangeiros. Para que o comércio exterior avance mais em 2013, 65% disseram que é preciso buscar aproximação com economias consolidadas (Estados Unidos, China, Alemanha). Para 55%, o País precisa se aproximar dos emergentes (Rússia, Índia, África do Sul e México).


Na opinião de 63% dos empresários, a dificuldade que o governo enfrenta para solucionar os gargalos de competitividade está na gestão e execução do orçamento, seguida pelo excesso de burocracia (60%). Ao mencionar suas próprias dificuldades, 78% apontaram o excesso de burocracia e 57% falta de clareza nos mecanismos e possibilidades de participação.

 

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