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CECIEx entra em nova fase - 13/06/2012

Líderes presentes (a partir da esq.): Luiz Roberto Gonçalves, Rogério Amato, Roberto Ticoulat, Roberto Shoueri e Marcelo Rolemberg. - L.C.Leite/LUZDepois de 15 anos como um departamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) ganhou personalidade jurídica.

Com o novo formato, o conselho passa a ter mais representatividade, pois sua diretoria será formada por representantes de outros estados, além de São Paulo.

A sua formalização e os nomes dos novos integrantes do Conselho foram anunciados ontem, durante reunião na sede da ACSP, no Centro da Capital.

"A previsão era de iniciarmos as atividades com 30 empresas, mas vamos começar com 40 companhias de estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba", disse Roberto Ticoulat, que integra o conselho. Ao explicar a importância das empresas comerciais importadoras e exportadores no desenvolvimento do comércio exterior do País, Ticoulat afirmou que há um longo caminho pela frente. "O Brasil ainda não está preparado para o mercado global. É preciso aprimorar parcerias com outros países e, ainda, remover um entulho burocrático que atrapalha o comércio exterior. Essas são algumas das funções do CECIEx", afirmou.

Encontro histórico: reunião realizada ontem, na sede da ACSP, mudou o formato do conselho, que tem agora novos desafios. - L.C.Leite/LUZ

O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, lembrou que a entidade está completando 118 anos e que tem atualmente 20 conselhos em operação. Em todos, seus militantes são expoentes nas respectivas áreas de atuação e que buscam um ideal. História – "Toda atividade humana tem um ideal. Espero que o CECIEx dê sequência a uma história já solidificada, que tem como essência dar voz ao empreendedor baseado em ideais", disse. Rogério Amato também lembrou que as empresas do segmento foram as principais responsáveis pela internacionalização de países como o Japão, a Coreia do Sul e Itália. Estima-se, no Brasil, a existência de quase seis mil empresas do setor, que respondem por 15% dos negócios internacionais.

O presidente da ACSP também destacou a visão do então vice-presidente da entidade Roberto Shoueri que, em 1995, trouxe a ideia da criação da Comissão de Comerciais Importadoras e Exportadoras, que deu origem ao CECIEx. "Nos temos um ideal de comércio exterior, que é uma forte arma para o desenvolvimento do Brasil. O novo conselho tem muito trabalho pela frente", disse Shoueri, que hoje é membro do Conselho Superior da ACSP.

Presente ao evento, Maurício Manfré, representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), disse que a experiência mostra que os projetos de comércio só saem do papel com trabalho sério. "Em anos de parceria, o profissionalismo da ACSP foi demonstrado em várias oportunidades nas missões comerciais realizadas, o que ajudou a mudar o olhar do governo sobre as empresas do setor", disse. Também participaram do evento Fábio Faria, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), e os vice-presidentes da ACSP Renato Abucham e Luiz Roberto Gonçalves. Os dois últimos vão integrar o conselho deliberativo do CECIEx, do qual faz parte também Roberto Ticoulat.

 

Crise europeia é assunto do almoço da diretoria

Apesar do cenário internacional desafiador, a economia brasileira deve retomar o crescimento a partir do segundo semestre e fechar o ano com uma expansão acima de 2,5%. A projeção foi feita ontem pelo economista do banco Crédit Agricole Vladimir Cara do Vale, que participou de um almoço com a nova diretoria do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx).

Na opinião do economista, a Brasil reúne condições para suportar o desfecho da crise europeia principalmente porque tem um mercado interno forte e vem se beneficiando do aumento da massa salarial. "O sistema bancário brasileiro está bem capitalizado, o setor de serviços cresce com força e existe uma diversificação nos destinos das exportações", completou.

Caso ocorra de fato a retomada da economia a partir de julho, é possível que haja uma pressão nos preços de serviços e o governo tenha de tomar medidas para conter a inflação. "Com isso, não acredito que vamos ficar por muito tempo com taxa de juros próxima a 8,5%. Será necessário um ajuste para cima caso o cenário se concretize."

Sobre a China, o economista aposta em pouso suave da economia. "O país está exposto à crise europeia e deve fechar o ano com crescimento econômico entre 7% e 8%", disse. Para ele, a percepção é que o modelo de adotado pela China, baseado nas exportações, chegou ao limite.

 

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