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Empresários pedem rota aérea entre SP e Houston - 18/05/2012
O Comitê Gestor dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), identificou a necessidade de se criar uma rota aérea direta para cargas entre os aeroportos paulistas e os da cidade norte-americana de Houston, no Texas. O fluxo de mercadorias entre estas duas localidades tem aumentado, no entanto, os produtos acabam sendo  dispersados para os aeroportos de  Miami e Dallas.
 
Segundo John Cuttino, representante no Brasil da autoridade portuária de Houston (PHA, na sigla em inglês), em 2011 o fluxo comercial entre Brasil e a cidade norte-americana foi de US$ 15,5 bilhões.
 
Ontem, em reunião do Comus, Bruno Delcolmo, superintendente de relações internacionais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou existirem boas perspectivas para a criação dessa rota direta. Na realidade, segundo ele, “não existe nenhum impeditivo regulatório para que empresas aéreas brasileiras ou norte-americanas iniciem essa frequência”.  
 
Além disso, segundo o superintendente da Anac, existe um cronograma de ampliação das rotas de carga entre Brasil e Estados Unidos elaborado pela agência que prevê a implantação de 14 novas frequências por ano até 2015.  
 
Hoje, são 63 frequências para cargas entre os dois paises. Do total de cargas movimentadas nessas rotas, 21% seguem entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, e os aeroportos de Miami. Outros 11% seguem de Guarulhos para Miami. Já o fluxo de cargas de importação e exportação que os três aeroportos de Houston recebem   atualmente correponde a apenas  1% do volume total, embora o destino da maioria das mercadorias seja Houston, mas passe por outros aeroportos. 
 
Entraves – Embora não existam entraves regulatórios para criação de uma frequência entre São Paulo e Houston, Delcolmo admite que hoje existem problemas de infra-estrutura  que podem complicar essa pretensão. Obter um horário de pouso e decolagem nos principais aeroportos brasileiros não é fácil. Segundo ele, em Guarulhos, por exemplo, há slots vagos apenas entre três  horas e quatro  horas. “Embora operar carga nesses horários não seja um grande problema”, amenizou.
 
O superintendente da Anac enfatizou ainda que parte desse entrave deve ser resolvido por conta da concessão dos aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília para a iniciativa privada. A respeito dessas concessões, José Cândido Senna, coordenador do Comus, levantou a necessidade de os próximos editais preverem cláusulas que “estimulem ganhos contínuos de produtividade das áreas de armazenagem de cargas”. 
 
Os tempos excessivos de armazenagem – consequência de infra-estrutura deficitária e ineficiência de órgão anuentes responsáveis pelos desembaraços – são comuns nos portos e aeroportos brasileiros. Segundo Senna, seria necessário estabelecer parâmetros para esses tempos de estocagem. Delcolmo se comprometeu a levar a demanda para as esferas públicas responsáveis pela questão. 
 
A reunião de ontem foi o segundo capítulo de um novo fórum de discussão iniciado dentro do Comus. Trata-se do São Paulo/Texas Desk, cujo objetivo é identificar oportunidades de negócios entre o estado brasileiro e o norte-americano. Há diversas áreas de interesse comum entre ambos, caso dos segmentos de petróleo e gás, etanol, máquinas e equipamentos e bens da construção civil. O porto de Houston é o responsável pelo maior volume de contêineres movimentados com o Brasil dentre os portos dos Estados Unidos.
por Renato Carbonari Ibelli - Diário do Comércio
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