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Japão, Irã e Kuwait derrubam exportações de frango em fevereiro - 21/03/2012

Japão, Irã e Kuwait derrubam exportações de frango em fevereiroEstoques elevados no Japão e problemas pontuais no Irã e no Kuwait derrubaram as exportações brasileiras de frango no mês passado, apontam dados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). No período, os embarques somaram 281,6 mil toneladas, queda de 5% em relação a fevereiro de 2011 e de 14,3% frente a janeiro deste ano. Já a receita caiu para US$ 539,6 milhões, redução de 8,2% ante um ano antes e de 14,9% em relação ao mês anterior.

Mesmo com a queda, o resultado acumulado no bimestre é positivo. No período foram embarcadas 610,5 mil toneladas, crescimento de 3,1% em relação aos dois primeiros meses de 2011. Na contramão do aumento no volume embarcado, a receita manteve-se praticamente estável, com ligeira queda de 0,2%, para US$ 1,17 bilhão. Segundo a Ubabef, o desempenho é explicado pela trajetória de queda nos preços médios do frango nos mercados internacionais.

“Há basicamente duas razões para o resultado: as boas vendas em fevereiro do ano passado e os estoque elevados em alguns países. O Japão é um caso típico, pois importou bastante frango em janeiro e também no ano passado. Com isso, as exportações para lá caíram 27,3% , na comparação com fevereiro de 2011. Os dados de início de março já mostram uma recuperação nas vendas externas para o mercado japonês”, explica Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef.

Segundo o executivo, o Irã foi um caso um pouco mais grave. “O mercado iraniano praticamente cessou as importações de mercadorias brasileiras no período, o que nos fez procurar as autoridades locais. A informação que recebemos foi de que houve pequenas mudanças burocráticas no processo de importação de carne de frango A situação agora já está normalizada”, revela. Sobre o Kuwait, Turra confirma que ocorreu um problema na certificação de venda ao Iraque – que é destino de grande parte das exportações kuwaitianas. “Como o país ia exportar uma carga menor para o Iraque, optaram por comprar menos do Brasil”, explica.

Outro ponto delicado, mas que já vem sendo contornado, é a situação do mercado sul-africano, que, no início de fevereiro, criou sobretaxas de 62,9% e 46,6% para as vendas brasileiras de frango inteiro e de cortes desossados, respectivamente. De acordo com o presidente da Ubabef, a entidade levou ontem uma mensagem ao Itamaraty sugerindo ao governo federal consultar a Organização Mundial de Comércio (OMC) sobre as medidas adotadas da nação sul-africana.

“A consulta é uma medida preliminar para uma possível ação contra o país. Para a Ubabef, o governo brasileiro deve ser mais firme nessa questão, já que as empresas sul-africanas têm interesse em entrar no Brasil para fornecer produtos e serviços para a Copa do Mundo de 2014”, avalia.

Para o executivo, no entanto, nem mesmo a redução dos embarques em fevereiro altera a projeção de crescimento de 2,6% em volume neste ano – em 2011, a alta foi de 3,2%. “Ainda não há sinais claros de retomada de crescimento econômico na Zona do Euro. Além disso, o cenário dos embarques registrado em fevereiro foi pontual. Os números de março já demonstram uma recuperação”, afirma.

Revista Comércio Exterior - Banco do Brasil
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