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Exportações de maçãs devem recuar na safra 2011/2012 - 19/03/2012

Assim como em 2011, os produtores brasileiros de maçãs projetam nova queda para as exportações para este ano. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), a receita dos embarques do setor recuará 3% na safra 2011/12, quando comparada com a colheita anterior, totalizando cerca de US$ 35 milhões. A entidade aponta ainda que as vendas externas da fruta vêm caindo desde a lavoura 2003/04, quando o País embarcou o volume recorde de 150 mil toneladas do produto.

Segundo a ABPM, a receita com os embarques devem atingir US$ 35 milhões em 2012 (stock.xchng) Em 2011, as vendas externas registraram queda de 35% na receita e 47,1% no volume (para 90,8 mil toneladas), em comparação com a lavoura 2009/10. “Na safra 2003/04, as maçãs representaram 23% do total de frutas embarcadas pelo Brasil. Na colheita atual elas devem chegar a um percentual de 3,6%”, afirma Pierre Nicolas Pérès, presidente da ABPM. “Como as margens de lucro do setor já são pequenas, o câmbio valorizado diminuiu ainda mais a rentabilidade das exportações. Para compensar, ao menos a demanda interna está crescendo bastante. Ainda assim, se o governo federal não atuar no câmbio e ajudar os fruticultores brasileiros, o Brasil perderá todo o reconhecimento internacional conquistado nos últimos anos”, completa.

O executivo explica que, por conta do clima e pelo fato de que, no Brasil, a fruta é plantada a pelo menos 900 metros acima do nível do mar – ao contrário do que ocorre em outras nações produtoras, que plantam em até 200 metros –, a maçã brasileira é doce e crocante. “As duas características são nossa marca e nos deixam bem posicionados frente outros players do mercado, como o Chile, a Argentina, a África do Sul e a Nova Zelândia, que estão entre os maiores produtores da fruta do mundo”, revela Pérès.

A ABPM, com base nos dados do Instituto de Ecologia Agrícola (IEA), revela que a Argentina é o maior mercado consumidor do fruto nacional, com participação de 77% no total exportado pelo País, seguida por Chile (14,5%), União Europeia (8%) e Uruguai (0,4%). Pérès aponta os países árabes como um destino-alvo em potencial. “Os países da região têm muito apreço por frutas doces. Hoje, os árabes compram dos Estados Unidos e do Chile, mas o Brasil pode entrar também nessa competição justamente por conta da doçura da maçã brasileira”, avalia.

Revista Comércio Exterior - Banco do Brasil
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