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3 perguntas para José Ramón Pin Arboledas - 23/01/2012

José Ramón Pin Arboledas

Em passagem por São Paulo, em setembro, apresentou novos programas da paulistana ISE - a escola de negócios brasileira associada à Iese. Entre os cursos, está um MBA Executivo cuja primeira turma iniciará em 2012. Numa entrevista à PIB, o professor Pin tratou de um tema  sensível para a imagem pública das empresas - as acusações de corrupção e suas relações com governos e o poder público.

 

 

 

1. As denúncias recentes de corrupção no Brasil mostraram que os políticos acabam, em geral, mais expostos do que os empresários que se beneficiam das práticas ilícitas. Isso também ocorre na Espanha e na Europa?

 

A corrupção é um assunto de dois agentes, o corruptor e o corrupto. Em muitos casos, trata-se de subornos (quando o corruptor oferece) e extorsões (quando o corrupto exige). Mas a responsabilidade de cada um tem graus. O político e o gestor público estão em seus postos para defender os interesses de todos, e por isso são mais responsáveis. Ainda assim, nos últimos casos de corrupção na Espanha foram condenados tanto empresários como políticos. O que acontece é que a repercussão na mídia dos últimos, dos políticos, é maior. Mas foram encarcerados tanto uns como outros. E o mesmo acontece em outros países europeus.

 

 

 

2. Como a Iese trata, em sua grade curricular, do tema da corrupção nas empresas e das diretrizes éticas que devem observar em suas relações com o poder público?

 

Há uma matéria sobre ética em todos os cursos da Iese. Nela, trata-se do tema da corrupção, que não se refere apenas às relações com a administração pública - ela existe também nas relações entre empresas privadas. Aborda-se como prevenir a corrupção; como escolher, para operar, setores e países com um nível baixo de corrupção; como estabelecer normas internas de comportamento para evitar as situações perigosas e comprometedoras, e que mecanismos de decisão podem ser estabelecidos para tratar com pessoas que cometeram atos corruptos.

 

 

 

3. O senhor acredita que é possível implantar mecanismos internos nas organizações capazes de dissuadir executivos e empresas de corromper e se deixar corromper? Poderia dar exemplos?

 

Existem mecanismos internos para ajudar a evitar a corrupção. Os mais conhecidos são os códigos de ética e comportamento. Eles auxiliam as pessoas da organização a tomar consciência dos riscos que correm, de como preveni-los e das ações a ser tomadas diante dos dilemas que se apresentem. Há, também, cursos e seminários, o recrutamento de pessoas íntegras, as linhas abertas em que as pessoas possam denunciar fatos, inclusive anonimamente. Não obstante, o mais importante é o exemplo da alta direção, dos dirigentes, diante de dilemas éticos.

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