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CNI projeta alta das exportações e importações e superávit comercial de US$ 58,9 bilhões em 2022 - 17/01/2022

Publicado em 15/12/2021

 

A balança comercial brasileira deverá fechar o ano de 2022 com um superávit de US$ 58,9 bilhões (alta de 16,9% em relação ao saldo de 2021), resultado de exportações no valor de US$ 278,4 bilhões (aumento de 33,1% comparativamente com 2021) e importações totalizando US$ 219,5 bilhões (alta de 16,9% sobre 2021). Os dados constam do documento Economia Brasileira: 2021-2022, divulgado nesta quarta-feira (15), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com balanço da economia e previsões para 2022.
De acordo com o documento, as altas de exportações e importações são significativas em 2021. Enquanto as exportações são puxadas majoritariamente pelos preços, sobretudo de commodities, as importações mostram crescimento generalizado em volume. Para 2022, a normalização do fornecimento de insumos e matérias-primas e a taxa de câmbio real, ainda bastante desvalorizada, darão fôlego às exportações brasileiras e estimularão um processo de substituição de importações. A CNI projeta que as exportações alcancem US$ 280 bilhões ano que vem, patamar um pouco superior ao de 2021.
Com relação ao minério de ferro, o estudo da CNI diz que as exportações para a China representam quase 50% da produção de minério de ferro brasileira. Para 2022, a expectativa é de desaceleração do segmento imobiliário chinês e, consequentemente, redução da importação chinesa de minério de ferro.
Por outro lado, ao abordar a questão da falta de contêineres que afeta o comércio internacional, a CNI tem a expectativa de que o transporte de carga conteinerizada só deverá retornar ao patamar normal a partir do sequndo semestre de 2022.

OUTROS DESTAQUES DO DOCUMENTO

  • COMÉRCIO, SERVIÇOS E AGROPECUÁRIA

- PIB do comércio deve crescer de 6,5% em 2021. O PIB de serviços, sem comércio, deve crescer 4,2% este ano. E a agropecuária deve se expandir em 2%.

  • CONSTRUÇÃO CIVIL

- O desempenho positivo do setor, acima do esperado, resulta em uma revisão acentuada da projeção de crescimento do setor por parte da CNI, de 5% para 8,2%, em 2021. Para 2022, a previsão é de alta de 0,6%.

  • MATÉRIA-PRIMA

- Escassez de semicondutores e chips deixe de causar paralisações de produção nas grandes empresas a partir do segundo semestre de 2022.

- Risco de redução da produção de magnésio da China tem o potencial de causar uma escassez de alumínio, que afetaria diversos setores industriais. Cerca de 80% da produção mundial de magnésio é chinesa.

  • PETRÓLEO

- Preços de petróleo e derivados, inclusive combustíveis, continuarão elevados.

No documento, a CNI projeta crescimento de 1,2% para a economia brasileira em 2022. Esse é o cenário-base, há ainda um cenário pessimista e outro otimista. De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, para a estimativa de 1,2% se consolidar, espera-se a superação parcial de problemas conjunturais, como inflação, emprego e normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano.

"A atividade econômica também deve se beneficiar da normalização da demanda por serviços prestados às familias, que ainda está abaixo do nível pré-pandemia, e alguns setores industriais, principalmente aqueles ligados a investimentos, como a cadeia da construção civil e de bens de capital, as quais ainda devem ter o nível de produção impulsionado por pedidos e projetos provenientes de 2021", explica Robson de Andrade.
Para 2022, o presidente da CNI diz ser importante combater o Custo Brasil. A redução do Custo Brasil é fundamental para o setor produtivo, que segue engessado por problemas estruturais. "Em primeiro lugar, precisamos aprovar a PEC110, que promove uma reforma tributária ampla e vai simplificar e corrigir as distorções do sistema de arrecadação de impostos. Devemos, ainda, modernizar e ampliar a infraestrutura. Com custos competitivos, poderemos receber investimentos de empresas que querem diversificar a rede de fornecedores", explica Robson Braga de Andrade.
Segundo ele, o Brasil necessita de medidas que melhorem o ambiente de negócios e promovam a inserção internacional das empresas, além de politicas para atrair investimentos produtivos vinculados às cadeias globais de valor. "É indispensável eliminar a cumulatividade do sistema tributário e reduzir as despesas com logística e energia, para mudarmos a rota de baixo crescimento da última década", afirma. Além disso, a reforma administrativa e a regulamentação do teto remuneratório do funcionalismo público são medidas importantes para contribuir com o equilíbrio fiscal.

No cenário pessimista, a previsão é de expansão do PIB de 2022 de 0,3% e, no cenário
otimista, o Brasil crescera 1,8%.

Brasil crescerá 4,7% em 2021, calcula CNI

A CNI calcula alta de 4,7% do PIB do Brasil em 2021. A estimativa é menor do que o esperado no início do ano, devido às constantes quedas na indústria ocorridas no segundo semestre. De acordo com Robson Andrade, a expansão do PIB neste ano reverte a queda de 2020, mas o resultado não significa que os problemas acentuados pela crise e os desafios estruturais do país tenham sido superados. Há perda de ritmo da atividade econômica e as perspectivas para o próximo ano não são muito animadoras.

"A inflação elevada, com consequentes altas nas taxas de juros, o alto endividamento das famílias, o desemprego, a escassez de insumos e matérias-primas e os custos de energia em elevação são fatores conjunturais desfavoráveis. Além disso, ainda há incertezas sobre o andamento da pandemia e o temor de algum retrocesso, como ocorre atualmente na Europa", avalia Robson Braga de Andrade.

Indústria de transformação crescerá 5,2% em 2021

A CNI estima um crescimento de 5,2% da indústria de transformação em 2021. Esse percentual é bem inferior à previsão do Informe Conjuntural do 3° trimestre, de alta de 7,9%. O gerente-executivo de Economia, Mário Sérgio Telles, explica que o PIB da indústria de transformação assumiu uma trajetória de queda ao longo de 2021. A escassez e alta de insumos e de matérias-primas foram um dos fatores determinantes para a trajetória negativa da indústria neste ano.
"Para 2022, esperamos um aumento gradual do emprego que, juntamente com a desaceleração da inflação e o Auxilio Brasil, deve minimizar o processo de perda de poder de compra por parte das famílias", explica. Além disso, Mário Sérgio prevê regularização nas cadeias de suprimentos a partir da segunda metade de 2022.
"Também será benéfico para a indústria brasileira a manutenção da desvalorização do real ao longo de 2022, que beneficiará as exportações do setor e incentivará a substituição de importações no mercado doméstico", explica. Em um cenário-base, a indústria de transformação deve crescer 0,5% em 2022.

Taxa de câmbio em 2022: R$ 5,60 por dólar

A CNI projeta que a taxa de câmbio terminará 2022 em R$ 5,60 por dólar, o mesmo patamar do fim de 2021. No entanto, há uma série de condicionantes e deve haver muita oscilação ao longo do ano. Essa previsão considera Selic em 11,5% ao ano e uma pequena elevação na taxa de juros nos Estados Unidos.


(*) Com informações da CNI

 

notícia foi publicada pelo Portal do COMEX do Brasil

https://www.comexdobrasil.com/cni-projeta-alta-das-exportacoes-e-importacoes-e-superavit-comercial-de-us-589-bilhoes-em-2022/
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