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Conheça os potenciais de negócios da chinesa Foshan - 01/08/2019

China e Brasil comemoram 45 anos de relações diplomáticas agora em 2019, cooperação que se estendeu para o campo comercial e ganhou força principalmente na última década, quando o gigante asiático passou a ser o principal parceiro econômico brasileiro.

Hoje, a corrente comercial entre os dois países aproxima-se de US$ 100 bilhões ao ano. A China é o principal destino das exportações brasileiras e o Brasil, foco de investimentos chineses que em 2018 somaram US$ 70 bilhões.

Foi nesse contexto positivo que um grupo de empresários da cidade de Foshan, localizada na província de Guangdong, ao sul da China, visitou o Brasil em busca de parcerias que incrementem ainda mais as economias das duas nações.

Por meio da São Paulo Chamber of Commerce, braço de comércio exterior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e da China Trade Center (CTC), cinco empresas chinesas puderam mostrar um pouco do poderio industrial de Foshan para aproximadamente 70 empresários brasileiros em um seminário realizado nesta terça-feira (30/07), encerrado com uma sessão de networking na sede da ACSP.

A cidade de Foshan, com 7,9 milhões de habitantes, ostenta um PIB de US$ 144,5 bilhões -o que a coloca como a 17° maior economia da China. Como comparação, a riqueza gerada por essa cidade equivale ao PIB da Hungria ou a 1,5 vezes o de Angola.

Foshan é a principal base da indústria de eletroeletrônicos chinesa. Também responde por 70% de toda a cerâmica produzida no país asiático.

He Jun, conselheiro comercial da China em São Paulo, lembrou durante o seminário que existe um grande espaço para ampliação dos negócios entre empresas brasileiras e as de Foshan. Isso porque, apesar da forte parceria entre China e Brasil, o potencial específico dessa cidade chinesa é pouco explorado pelos empresários brasileiros.

Em 2018, a corrente comercial entre Brasil e Foshan foi de US$ 623 milhões, ou seja, pouco mais de 0,5% do total das transações entre os dois países (US$ 100 bilhões).

“Há grande complementariedade entre as economias de Brasil e China e Foshan pode ser a oportunidade para que a relação entre os países se fortaleça ainda mais”, disse He Jun.

Instalada em Foshan desde 2005, a Zhongge Group, empresa especializada em móveis residenciais e de escritório, foi uma das que participaram do evento na ACSP.  

Seu gerente, Chen Xiau Feng, lembrou que sempre existiu a preocupação com a qualidade dos produtos feitos na China, o que deixava os parceiros comerciais receosos em fechar negócio. Segundo ele, essa dúvida não pode mais persistir.

“Nos últimos anos o governo de Foshan implementou uma série de exigências e normas técnicas nas indústrias locais, sendo que o principal objetivo era alcançar um maior padrão de qualidade”, disse Chen Xiau Feng.

Segundo o executivo, como resultado desse programa de qualidade governamental, “o que passamos a produzir na nossa empresa foram móveis com design e qualidade europeias ou americanas, mas com preços 50% menores.”

“Quero trazer meus produtos para o Brasil para mostrar essa qualidade”, disse Chen Xiau Feng.

A indústria de Foshan é variada, engloba a produção de móveis, máquinas e equipamentos, eletrodomésticos, materiais de construção e cerâmica, entre outros.

O porcelanato chinês começa a entrar no Brasil com força e a fabricante Kito, de Foshan, quer embarcar nessa onda. Segundo Bai Hongshin, gerende comercial da Kito, a China produz 60% do porcelanato do mundo, sendo que sua empresa está entre as líderes desse segmento.

Além dos pisos e revestimentos tradicionais, Bai Hongshin apresentou no seminário o que tratou com uma novidade no mercado brasileiro. Trata-se de blocos modulares que substituem tijolos ou o drywall nas construções.

São blocos estruturais resistentes, mas superleves e com bons isolamentos acústico e térmico. “Eles podem flutuar na água, mas são usados para levantar paredes de residências, empresas e até de estações de metrô”, disse o gerente da Kito.

O produto chamou a atenção de grande parte dos empresários brasileiros durante rodada de negócios que ocorreu após o seminário.

Segundo Farid Murad, diretor vice-presidente para assuntos de comércio exterior da ACSP, o próximo passo a ser tentado será levar uma delegação de empresários brasileiros para conhecer de perto a cidade de Foshan.

“Tive a experiência de viajar mais de 30 vezes para a China e conhecer a força daquela economia. É preciso que os empresários brasileiros vejam a abrangência da indústria chinesa, as diferentes áreas de especialização, e o potencial que existe para parcerias lucrativas para ambos os lados”, disse Murad.

Também apresentaram seus produtos durante o encontro de empresários as empresas Bom-Tech, que produz folhas de flandres e itens feitos com essa matéria-prima, como latas de aerossóis; a Jiake Ventilator, fabricante de ventiladores e itens de refrigeração; e a produtora de serras de corte Weihe New Material Technology.

 

Leia o artigo também pelo site: https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/conheca-os-potenciais-de-negocios-da-chinesa-foshan

Diário do Comércio - Jornal das Associações Comerciais do Estado de São Paulo
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