facebooklinkedin
Publicidad
:: Home :: Noticias :: Poliglotas de Pelúcia
Noticias Véase más
Poliglotas de Pelúcia - 28/06/2018
A TOYS Talk, com sede em Belo Horizonte, produz o que o nome promete: brinquedos que interagem e “conversam” com as pessoas e com tablets – meio que aumentou muito a capacidade de misturar o faz de conta eletrônico com o mundo real. “Nossa especialidade é unir o físico com o digital.

É o futuro”, diz o dono da empresa, o mineiro Marco de Carvalho Júnior. “Cada vez mais, a realidade virtual vai fazer parte da nossa vida.” Global desde o nascimento, a Toys Talk foi fundada em 2008, em Xangai, na China, onde Carvalho morou por dez anos e conheceu seu sócio, o venezuelano Ivan Zorn, para atender uma clientela formada quase toda por lojas e marcas brasileiras. Ao se mudar para Belo Horizonte, em 2011, começou a ganhar o mundo.

Este ano, no conjunto de encomendas já fechadas, 80% são para o mercado externo; em 2014, eram apenas 30% do total. Na hora de se estabelecer fora do Brasil, a porta de entrada que a Toys Talk escolheu foi o Reino Unido.

“É um mercado fenomenal para os nossos produtos; a compra per capita é de 100 libras por ano, enquanto aqui é 100 reais”, justifica Carvalho.

Além disso, é uma espécie de prévia para entrar no maior mercado de todos, os Estados Unidos. “São culturas próximas, com a vantagem de que a concorrência é menor e a proximidade com o resto da Europa, muito maior.”

Os sócios já tinham aberto a Toys Talk UK para supervisionar o desenvolvimento de novos produtos (feitos por terceirizadas), quando a UKTI entrou na roda.

“Eles apontam um gerente de conta e dão total apoio”, diz Carvalho.

“Ajudam a localizar a empresa na qual os benefícios serão maiores, a fazer os registros necessários, a criar parcerias; pena que o Brasil não tenha coisa semelhante.” Também foi essencial para o salto adiante da Toys Talk ter sido aprovada, há um ano, na rigorosa seleção da Endeavor, organização não governamental que promove jovens empreendedores em vários países.

“O processo demora mais de um ano, mas vale a pena”, avalia Carvalho.

“Eles oferecem mentores, abrem um leque enorme de opções de contato, ajudam a obter recursos e são, por si sós, um selo de qualidade.” Com parceiros ingleses, a Toys Talk desenvolveu o Snow, um ursinho de pelúcia que interage com o tablet.

“Você abre a historinha do Snow e, à medida que ela vai sendo contada, o ursinho de pelúcia que você comprou na loja acompanha, ‘entende’ e se manifesta”, explica Carvalho.

“Mais para a frente ele vai reagir ao que se passa na TV, no cinema e no teatro.” Os planos de expansão da Toys Talk no Reino Unido encontram-se, neste momento, em marcha reduzida por uma virada inesperada: uma série de parcerias fechadas nos Estados Unidos demandam a atenção dos sócios, entre elas acordos de distribuição com a Toys "R" Us, com a Amazon e também com a japonesa Bandai, terceira maior fabricante de brinquedos do mundo.

Além disso, o carro-chefe das vendas da empresa este ano não será o Cão Spock – um cachorrinho que canta, conversa e se mexe usando recursos de comando de voz, de toque e a realidade aumentada (que independe da internet) – e que todas as crianças, do Brasil e de muitos países, têm ou querem ter em casa.

Para conquistar o mundo, a Toys Talk desenvolveu uma nova linha de produtos que “falam” com tablets, que inclui o Dino Mundi (dinossauros interativos) e o próprio ursinho Snow – todos planejados para chegar às lojas no Natal.

“Em cada país, adaptamos o brinquedo à cultura local. Nossos produtos já estão falando 14 línguas”, diz Carvalho.

A principal, claro, é o inglês. No caso do ursinho Snow, o inglês britânico.

revistapib
Calendario de eventos
Abril