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Cingapura - 28/06/2018
Teleférico para Sentosa: ilha da fantasia

Se tiver algumas horas...


 O clima (quente, muito quente) e a pressa recomendam fazer parte do roteiro de carro. Sugira ao motorista do táxi ir para o Central Business District (CBD) via Esplanade. No caminho, peça a ele para mostrar os HDBs, as famosas moradias populares de Cingapura (que até São Paulo tentou imitar). Oitenta e cinco por cento dos habitantes moram nesses conjuntos, com escolas, supermercados, clínicas médicas e áreas comuns para esporte e lazer. Tamanho e qualidade variam; há HDBs para todos os bolsos.


Você deve passar pelo histórico Raffles Hotel, que tem o nome do fundador da cidade. A lenda diz que já pegaram um tigre no jardim interno. Outro belíssimo exemplo de arquitetura colonial é o Fullerton Hotel, no antigo prédio dos Correios. Passe em frente ou entre, se tiver tempo. A ideia é ir, em seguida, a outro hotel da mesma cadeia, o Fullerton Bay, e tomar um café no quarto andar, de frente para a baía. De lá, pode-se ver o Marina Bay Sands (mais um hotel) com sua plataforma e piscina suspensas sobre três torres.


Depois, vá caminhando até o Lau Pa Sat, um dos famosos hawker centres da cidade. O que são eles? A cara de Cingapura: grandes praças de alimentação criadas para impor padrões mínimos de higiene à comida de rua tradicional. Lá, você pode provar todas as deliciosas vertentes da culinária local, em linha com o mix China/Índia/Malásia da população. E são muito baratos. Prove uma água de coco ou um suco natural de alguma fruta exótica.


Se você preferir uma refeição mais tradicional para fechar suas horas de passeio, indico o restaurante Din Tai Fung. São várias casas, uma delas no Shopping Paragon, onde estão as lojas chiques. Você pode ver os dumplings xiao long bao (pequenos pastéis de massa com recheios variados e cozidos no vapor) sendo feitos na cozinha envidraçada. Cada um leva precisas 18 dobras.  


Por fim, se puder, dê um pulo ao templo budista chamado Dente do Buda, em Chinatown. Peça ao táxi para esperar e entre: o ambiente vermelho e dourado, com as paredes laterais cobertas de pequenos budas do tamanho da palma da mão, cada um diferente do outro, costuma tocar até os mais céticos.


 


Se tiver um dia inteiro...



Começar o dia com uma caminhada no Jardim Botânico (fundado em 1859) é revigorante. A temperatura é mais amena graças à vegetação abundante. De lá, desde a independência, nos anos 1960, saem as plantas para embelezar as ruas da cidade. Dentro, vale conhecer o Orquidário, o maior do mundo em espécies tropicais. Antes de ir embora, tome um suco para se hidratar na Casa Verde, perto do Visitor Center.


Em seguida, de táxi, vamos para o Marina Bay Sands: é um complexo com hotel, shopping, museu, teatro, cassino e restaurantes. Cansado da caminhada? Comece com uma massagem nos pés — que pode ser feita com as mãos ou por peixinhos que comem a pele morta ao redor dos dedos e no calcanhar! Vale dar uma olhada no ArtScience Museum. Visto de fora, ele tem o formato da flor de lótus, que simboliza um welcome a visitantes do mundo todo. Cada uma das dez “pétalas” do museu é uma galeria: no centro, o teto é aberto e a água da chuva é reaproveitada para uso nos banheiros.


A essa altura, com fome, você pode curtir a praça de alimentação, que replica os hawker centres (mas é refrigerada). Sugiro o chicken rice, o char kway teow (noodles com carne e legumes), laksa (cozido com leite de coco) e popiah (delicados enroladinhos de vegetais). Ou, se tiver feito reserva, é hora de ir ao topo do hotel para almoçar no Ku De Ta. Depois, vá conhecer a famosa piscina infinita. Dá para chegar pertinho.


À tarde, se não chover, vá a Dempsey Hill, que abrigava os quartéis do Exército britânico. Os galpões militares, no meio da vegetação frondosa, foram transformados em bonitos restaurantes, bares, galerias de arte e spas.


 


Se tiver um fim de semana inteiro...



Se você tirou a sorte de um fim de semana em Cingapura, pode até encomendar ternos sob medida. Sim, é uma tradição local; o alfaiate vai ao hotel tirar suas medidas no sábado e fazer a prova no domingo. E você recebe o terno pronto pelo correio. Mas o clima pede roupa leve, e espero que tenha lembrado de pôr um par de tênis na mala, para começar o dia no Bukit Timah Nature Reserve. É uma floresta no meio da cidade e encanta pela vegetação e pelos bichos: macacos, pássaros, lagartos e até cobras. O almoço pode ser lá perto: experimente o fish and chips no Smiths. O peixe fresquíssimo dissolve na boca; o prato tradicional inglês, aqui, tem um jeito melhor que o original. E a seleção de cervejas não decepciona.


Nenhuma visita a Cingapura é completa sem uma ida a Sentosa, a ilha da fantasia. Como numa pequena Disneylândia, é tudo artificial, até a praia, mas vale a visita. Ali se pode passar algumas horas da tarde de sábado ou um domingo inteiro. Vá de táxi ou metrô até o Shopping Vivo City, e lá pegue o cable car até a ilha — é mais bonito chegar pelo teleférico. Dentro da ilha, você se locomove em monotrilho ou de ônibus.


Quer aventura? Experimente as montanhas-russas ou dê um pulo ao iFly, que simula, num tubo de vento, a experiência de saltar de um avião em queda livre. Para dissipar a adrenalina, vá a Siloso Beach e peça um aperitivo num dos barzinhos à beira-mar. No horizonte, você verá uma infinidade de navios esperando para atracar no segundo porto mais movimentado do mundo (mas a água é limpa). E para comer não faltam lugares em Sentosa. No domingo, o brunch do Capela é o mais bonito e luxuoso de Cingapura.


Antes de terminar,  vou deixar uma dica para o viajante jet lagged que não consegue pregar os olhos. O Mustafa é uma espécie de loja de departamentos 24 horas na Little India. Não dá para explicar: eles vendem de tudo, mas a visita vale pela experiência, não só pelas compras. Não deixe de ver as joias. E, para arrematar, vá ao Long Bar do Raffles Hotel tomar um Singapore Sling — o famoso drinque feito com gim e suco de abacaxi. É o único lugar aqui onde se pode jogar lixo no chão!


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