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Gerenciamento do impacto de eventos climáticos extremos é debatido em São Paulo - 28/06/2018

O aquecimento que já houve no mundo vai provocar um aumento na frequência dos eventos climáticos extremos, e portanto, vamos ter muito mais desastres naturais no mundo daqui para frente. “Os desastres não são ‘naturais’, mas são conjunções de eventos climáticos ou meteorológicos naturais com a vulnerabilidade e a exposição a eles por uma sociedade ou grupo humano”, ressalva Vicente Barros, pesquisador do Centro de Investigacíon del Mar y la Atmósfera (Cima) da Universidad de Buenos Aires, na Argentina. A afirmação resume a conclusão do Relatório Especial sobre Gestão dos Riscos de Eventos Climáticos e Desastres (SREX, na sigla em inglês), elaborado e recentemente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC); e debatido ontem e hoje no workshop Gestão dos riscos dos extremos climáticos e desastres na América Central e na América do Sul, realizado em São Paulo. “Se o problema dos riscos climáticos é uma conjunção destes três fatores, evidentemente, é preciso desenvolver estratégias para mitigá-los”, avaliou Barros, que também é co-presidente do Grupo de Trabalho II SREX.


O documento sugere como medida para atenuar a vulnerabilidade humana diante das catástrofes climáticas, a implementação de políticas de diminuição de pobreza e a melhora do nível educacional das populações, de forma a aumentar o grau de conscientização das pessoas sobre os riscos que correm. De acordo com dados do relatório, 95% dos desastres causados por eventos climáticos extremos no período de 1970 a 2008 ocorreram em países em desenvolvimento e apenas 5% em países desenvolvidos. “Uma mensagem muito importante do relatório é que a maneira mais efetiva para aumentar a resistência das populações aos eventos climáticos extremos é melhorar as condições de desenvolvimento socioeconômico”, afirmou Sebástian Vicuña, professor da Pontificia Universidad Católica de Chile.


O workshop foi realizado pela FAPESP e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o IPCC, o Overseas Development Institute (ODI) e a Climate and Development Knowledge Development (CKDN), ambos do Reino Unido, e apoio da Agência de Clima e Poluição e do Ministério de Relações Exteriores da Noruega.


Fonte: Agência Fapesp


Foto da capa
Legenda/Crédito: Imagem do furacão Francis (2004) feita pelo astronauta Mike Fincke da Base Espacial Internacional/NASA


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