O embaixador Hugo Saguier, representante do Paraguai na Organização dos Estados Americanos (OEA), informa que as discussões deveriam ter ocorrido no último dia 22, mas foram adiadas para esta semana. Ele evita fazer previsões, mas acredita que "hoje existe uma maioria que é contra a adoção de sanções ao Paraguai. Somos 34 estados e todos nós votamos da mesma forma”, disse ele. A adoção de sanções ao Paraguai, na OEA, deverá ser aprovada por pelo menos 23 integrantes. Em 22 de junho, o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi destituído do poder. Lugo deixou o governo depois de ser submetido a um processo de impeachment que durou menos de 24 horas. O processo político levou o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) a suspenderem temporariamente o Paraguai. Desde então, representantes do novo governo tentam reverter as más conseqüências. Um grupo de senadores do país esteve ontem no Chile, a exemplo do que já haviam feito em viagem semelhante ao Brasil e ao que pretendem indo ao Uruguai, nas próximas semanas, para discutir questões de soberania do Paraguai. A comitiva é formada pelos senadores Miguel Carrizosa, Amancio López, Efraín Alegre, Mario Cano Yegros, Rogelio Benítez  e Miguel Abdón Saguier.Além disso, há um forte movimento político no país em prol da aprovação, pelo Congresso, da adesão da Venezuela ao Mercosul. Além de questionar a entrada da Venezuela no bloco, o governo do Paraguai alega que sua suspensão do Mercosul e da Unasul não são válidas, pois não teve direito a defesa.