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“Resista às mudanças e você irá morrer” - 21/09/2017

 

No começo do século 20, os Estados Unidos eram a terra prometida para imigrantes de diversos países. Mais de cem anos depois, é a vez dos empresários brasileiros “fazerem a América”.

Com um mundo cada vez mais globalizado, as chances de empresas brasileiras aportarem no mercado americano são cada vez maiores.

No ano passado, os americanos importaram U$S 28 bilhões do Brasil e os investimentos de brasileiros no país chegaram a U$S 23 bilhões.

Para entrar num dos mercados mais competitivos do mundo, uma palavra é essencial: inovação. 

Esse foi o tema central do seminário “Inovação no Varejo: internacionalizando sua empresa com foco no mercado norte-americano”, promovido pela Associação Comercial de São Paulo e pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

O convidado é um dos maiores especialistas na matéria: Hitendra Patel, professor de inovação e crescimento estratégico da Universidade de Toronto, palestrante e autor de quatro livros.

MUDANÇAS

De acordo com Patel, existem quatro grandes áreas de inovação que estão mudando a forma como consumimos: saúde, conectividade, sustentabilidade e robótica.

“As mudanças estão acontecendo muito mais velozmente do que nos anos anteriores”, afirma Patel. “Resista às mudanças e você irá morrer.”

No quesito sustentabilidade, um dos pontos que os varejistas têm de considerar é a economia circular e a reciclagem de resíduos. “Lixo é dinheiro”, diz Patel.

A preocupação com saúde também se tornou um dos ítens mais debatidos nos últimos tempos. As pessoas querem viver mais, por isso cada vez mais empresas estão dedicadas à saúde e ao prolongamento da vida.

No futuro, dispositivos serão capazes de identificar doenças. Para os varejistas a grande questão é: O que essas pessoas, com maior longevidade, irão consumir nos próximos anos?

A conectividade também está transformando o consumo e o varejo, principalmente com advento do Big Datae da Internet das Coisas.

A Alexa, assistente virtual inteligente desenvolvido pela Amazon, é um dos sistemas que já conseguem integrar a tecnologia e o comércio. Num futuro não muito distante, todas as casas estarão conectadas em dispositivos semelhantes.

A robótica irá transformar a indústria e também o dia a dia das pessoas e das empresas. Para Patel, em um futuro próximo, os robôs irão realizar as tarefas que os humanos não quiserem.

 
CONSUMIDORES

Existem quatro perfis de consumidores que os empreendedores devem estar atentos.

O primeiro são os Millennials, jovens nascidos a partir de 1984. A geração, que já está mudando as relações de trabalho, tem uma nova maneira de consumir. Eles não estão preocupados em possuir, mas em viver experiências.

Os Baby Boomers, nascidos entre a década de 1950 e 1960, estão entrando na faixa da terceira idade.

Aposentados e com dinheiro para gastar (realidade comum principalmente nos Estados Unidos), essa geração é cada vez mais numerosa e disposta adquirir produtos e serviços.

A mais nova geração já tem nome: os Centennials, os nascidos depois de 1996. Eles têm ainda mais facilidade para lidar com um mundo conectado do que os Millennials. Eles são a geração que já nasceu acostumado com as facilidades do mundo virtual e que irão querer cada vez mais praticidade.

Os empresários que planejam entrar no mercado americano precisam considerar os hispânicos como um dos perfis importantes de consumidores. Nos Estados Unidos, eles já são mais de 50 milhões. Até 2050, o número deverá salta para 130 milhões.


INOVAÇÃO

De acordo com Patel, independe do mercado que o empresário quer atingir, a inovação é o caminho para alcançar essas novas gerações de consumidores.

O especialista tem sua própria trajetória para desenvolver uma grande ideia. O primeiro passo é ter uma boa bagagem: conversar com pessoas de diferentes perfis, ter acesso a informações diversificadas e perseguir o conhecimento. É o que ele chama de pontos.

Depois, é preciso conectar esses pontos diferentes e de formas diversas. Essa tarefa é um exercício complexo de reconectar todas essas informações até que surja o momento eureca.

Por fim, é preciso executar essa ideia. “Para isso, não existe linha reta”, afirma Patel. “É um processo que envolve erros, acertos e testes”.

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