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Um panorama do mercado de frutas do Brasil - 18/10/2016

 

Algumas frutas em especial demostraram um ligeiro aumento nas exportações em relação a 2015. A sinalização foi do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, o Alice Web, que destacou as 68 mil toneladas de produtos embarcados de janeiro a julho. Os dados mostram Portugal liderando nas importações de frutas brasileiras em agosto, com destaque para as mangas (+12%), laranjas (+255%) e mamão (+20%). Nas estatísticas a manga aparece ainda com crescimento de 10%, registrando 14,904 TM (Toneladas Métricas) nas exportações, incluindo destinos como EUA (+29%) e Países Baixos (+15%) 

Rodrigo Gomes, Reefer Sales Manager da Hamburg Sud, destaca que esse crescimento se dá graças a desvalorização dos preços durante o ano, que leva a busca de novos mercados. “Os principais destinos da fruta brasileira sempre foram Rotterdam, mas o preço de venda para esse destino tem tido uma desvalorização ano a ano. Com isso, os produtos foram explorar novos mercados com a oportunidade de melhor preço de venda, o que tornou Portugal e Reino Unido uma opção rentável”.

As exportações de laranjas, por exemplo, de acordo com o levantamento, registraram alta d e 30%, conduzidas por Portugal, que derrotou a Espanha que liderava a primeira posição. Vale destacar, porém, que mesmo com a “perda” da liderança nas exportações, a Espanha continuou liderando as importações, com crescimento de 7%.

O Reino Unido liderou como destino das exportações de melancia, com 41%, onde quase metade do volume aumentou. No entanto o relatório ressalta que o aumento mais notável foi no embarques para a Argentina, alta de 14.833%, ou seja, 1.293 TM.

O país também liderou como destino das importações de melões frescos do Brasil em agosto, marcando um crescimento de 17%. No entanto, as exportações totais em todo o mundo caíram 16%, em grande parte devido a menores envios para Holanda, Emirados Árabes Unidos e Irlanda. Vizinhos do Brasil na América do Sul importaram, como aponta o levantamento, um número muito menor de bananas frescas. O maior importador foi o Uruguai com 30%, ou seja, 2.050 TM.

Momento de safra de manga, uva e melão, Gomes destacou que na grande totalidade dos embarques não existe a necessidade de hibernação – tecnologia que controla a atmosfera dentro de um container - devido à proximidade dos destinos como Europa e América do Norte. “O estado de hibernação é mais utilizado para o Avocado (abacate) e funciona com a mudança e o controle da atmosfera interna do container”, aponta.

Destacando ainda a necessidade de cuidados específicos essenciais, ele ressalta equipamentos em perfeitas condições, escalas confiáveis e sem cancelamentos, além de tempo de trânsito mais curto possível. O relatório traz ainda números negativos registrados por limões e limas, com uma queda significativa nos embarques em comparação com setembro do ano passado. As frutas fecharam o ano com 29%, resultando em 4.777 TM. Além disso, a seca enfrentada esse ano danificou os mamões papaias na colheita brasileira, o que no levantamento é apontado como um reflexo nas estatísticas depois de apresentar uma diminuição de 11% nos embarques, particularmente para a Holanda.

Gomes finaliza dizendo que as expectativas de crescimento giram impulsionadas pelo Melão e Manga em torno de 10% comparado com os volumes realizados em 2015. E ressalta que “a recessão do Brasil impulsionou as exportações das frutas devido ao baixo consumo no mercado interno”.

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