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Empresas que se destacaram em exportação recebem prêmio da ACSP - 21/12/2015
 

Na noite de ontem, terça-feira (16/12), a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) reconheceu as mais ilustres empresas exportadoras de micro, pequeno e médio porte com o prêmio Exporta, São Paulo.

A honraria foi concedida pela SP Chamber of Commerce, departamento da ACSP criado para estimular o comércio exterior. 

A iniciativa, que acontece desde 2005, tem como objetivo fomentar a mobilização para que pequenas empresas expandam suas vendas internacionalmente. 

Entre os critérios considerados na premiação figuram: crescimento absoluto das exportações; crescimento das exportações para países da Associação Latino-Americana de Integração, diversificação dos mercados de destino das exportações e incorporação de novos produtos ao portfólio de exportações. 

Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp), afirmou durante o evento que investir em exportação é uma das medidas que as empresas precisam recorrer para continuar crescendo, uma vez que depender exclusivamente do mercado interno tende a ser mais difícil devido a retração econômica.

“Quem não exportar terá dificuldades para sobreviver”, disse Burti. 

O prêmio Exporta, São Paulo é realizado pelo São Paulo Chamber of Commerce, braço de comércio exterior da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O evento deste ano foi apoiado pelo MDIC, Boa Vista SCPC, CECIEx, Agência USP de Inovação e PROGEX-IPT e teve como patrocinadores o Contrail Logística e Double Star Logistics. 

Conheça, a seguir, quatro casos de empresas vencedoras da edição 2015 do prêmio Exporta, São Paulo. 
 


BIQUINIS À BRASILEIRA 

Vender biquínis brasileiros para consumidoras da Arábia Saudita. Esse é um das realizações de Margareth Rose Sampaio de Sá, fundadora da Santa Areia, confecção santista de moda praia. 

Fundada em 2005, a Santa Areia exporta roupas de banho para sete países. Além do Oriente Médio, há clientes em Portugal, Espanha, Itália, entre outros países europeus. 

O principal mercado é o americano. A Santa Areia tem como clientes varejistas que atuam na Flórida. A empresa também desenha e produz peças para a marca americana San Lorenzo, que possui duas lojas no Hawai e uma em Malibu – regiões conhecidas por suas belas praias –, e uma loja virtual que vende para o restante do país. 

“A exportação representa cerca de 45% do faturamento da empresa”, afirma Margareth. “Neste ano, vamos crescer 15% e faturar R$ 1 milhão.”

Os produtos são enviados para outros países por meio do Exporta Fácil dos Correios.

O serviço possibilita que encomendas no valor de até US$ 50 mil  sejam enviadas de maneira simplificada. “Usar um serviço dos Correios, que é uma empresa conhecida mundialmente, também transmite credibilidade e tranquiliza os clientes”, diz Margareth.  
 

MODELO COM PEÇA DE MODA PRAIA DA SANTA AREIA /DIVULGAÇÃO

Margareth afirma que o produto que vende é conhecido mundo afora por ser único, uma vez que os biquínis brasileiros se diferenciam dos demais usados em outros países.

Para reforçar a imagem da sensualidade brasileira, uma estratégia que a empreendedora vem usando nos últimos anos é contratar modelos conhecidas nas redes sociais como garotas-propaganda da marca.

Entre elas estão Fernanda D'avila, dançarina do Faustão, e Thaís Bianca, ex-panicat do programa Pânico na TV.

“Elas possuem muitos seguidores no Instagram e nos ajudam a popularizar a marca", afirma Margareth. 

MARGARETH, DA SANTA AREIA RECEBE O PRÊMIO EXPORTA, SÃO PAULO

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ESPALHANDO O KNOW-HOW CAFEEIRO PELO MUNDO

Há cinco anos o engenheiro agrônomo Josef Andreas Nick desenvolveu uma centrífuga para acelerar o beneficiamento da lavoura de café.

O equipamento foi tão bem aceito entre os cafeicultores paulistas que as encomendas não tardaram a chegar. Nascia assim a Origem do Brasil, empresa que hoje exporta o produto para diversos países.

Cerca de 30% das centrífugas produzidas pela Origem são destinadas ao mercado externo, em especial para países da Ásia e da América Central.

A empresa produz por demanda, e a procura está crescendo segundo Nick. "Nos primeiros anos atendemos a demanda interna", afirma o engenheiro agrônomo, hoje empresário. "Começamos a ganhar mercado no ano passado, quando exportamos 15% da produção – este ano nossas vendas externas dobraram.”

Nick conhece o setor cafeeiro intimamente, pois sua família é produtora de café há 40 anos.

Esse conhecimento serviu de subsídio para elaboração de um equipamento que otimiza uma das etapas mais críticas da cadeia produtiva do café, a secagem dos grãos. 

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A centrífuga criada por ele remove a água usada para lavar os grãos em etapas anteriores. Esse procedimento tradicionalmente era feito em terreiros de café, onde os grãos eram revolvidos manualmente para secar.

Nos últimos anos Nick se dedicou a prospectar novos mercados para seu produto, e colocou o pé na estrada. Ele destaca a importância dos encontros de negócio para encontrar novos clientes.

“O contato pessoal com meus potenciais clientes foi fundamental para que pudesse solidificar minha presença em diferentes países”, comentou.

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DIVERSIFICAR MERCADOS PARA ENFRENTAR A CRISE

A Ciplafe, indústria produtora de móveis de aço de Fernandópolis, atua no mercado brasileiro há 46 anos. A empresa começou a se aventurar no mercado externo mais recentemente, no ano 2000 – o que se mostraria de extrema importância para seu crescimento.

A desaceleração forte da economia brasileira não poupou a empresa, que viu seu faturamento cair 25% na comparação com 2014, resultado de uma queda de 30% nas vendas internas. 

Nesse cenário, segundo Aparecido Orati, proprietário da Ciplafe, a diversificação de mercados foi fundamental para sobrevivência.

“O câmbio atual é um estímulo para as exportações e a crise no mercado interno exige que o empresário busque outras economias", diz Orati. "É o que estamos fazendo, prospectando novos mercados.”

A Ciplafe produz 80 mil cadeiras e 15 mil mesas por mês. Desse volume, atualmente 10% são destinados ao mercado externo, para o Uruguai, México, África do Sul e Angola. “Nossa meta para 2016 é entrar nos Estados Unidos”, revelou Orati.

O empresário está no lugar certo na hora certa para aquecer suas vendas externas. Fernandópolis, a cidade onde está instalado, receberá a primeira Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do estado de São Paulo. 

Trata-se de uma área de livre comércio com o exterior. As empresas abrigadas pela ZPE têm tratamentos tributário, cambial e administrativo diferenciados.

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EQUIPAMENTOS MÉDICOS INOVADORES

A paulistana Magnamed é especializada em fabricar respiradores pulmonares, equipamentos cuja função é auxiliar o sistema respiratório de pacientes em salas de cirurgia ou durante transporte por ambulâncias. 

Seu principal produto é o respirador Oxymag. “Foi o primeiro equipamento no mundo que podia ser usado em pacientes neonatais, pediatras e adultos”, afirma Reinaldo Damião, gerente de exportação da Magnamed. “A inovação possibilitou a abertura de mercado em 35 países.”

Atualmente, a Magnamed vende equipamentos para quatro continentes. Os maiores clientes são distribuidores da Colômbia, Equador, Egito e Rússia. 

De acordo com Damião, a estratégia de exportar tem sido essencial para manter o crescimento da empresa em época de retração econômica.

No último ano, a empresa contratou mais gerentes de exportação, aumentou a participação em feiras e investiu em novas certificações internacionais. O faturamento proveniente de exportação cresceu de 40% para 60%. 

Para consolidar ainda mais a estratégia de internacionalização, a Magnamed está firmando contratos com clientes cubanos. Outro país que desperta muito interesse é a África do Sul, onde a empresa já detém 45% do market share em ventiladores de transporte.

“O país africano é um facilitador para entrar em outras regiões do continente, como Moçambique e Angola.”

 

*Com reportagem de Renato Carbonari Ibelli

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