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Chineses vieram em busca de oportunidades - 22/07/2015

Uma missão do governo da próspera província de Zhongshan veio ao país para estreitar as relações com empresários brasileiros. A ACSP intermediou esse encontro

Diversificar os mercados é uma das apostas das empresas em períodos de turbulência na economia local. Em geral, o empresário brasileiro amplia suas frentes de ação em direção aos países da América do Sul, onde encontra maior afinidade cultural. Mas na última década a China tem ganhado força entre os parceiros comerciais do país, e as oportunidades por lá costumam ser boas.

Nesta segunda-feira, 20/07, representantes da província chinesa de Zhongshan desembarcaram no Brasil com a intenção de atrair investimentos e produtos brasileiros para lá. Eles participaram de uma rodada de negócios promovida pela São Paulo Chamber of Commerce, braço da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) voltado ao comércio exterior. Os números impressionam.

A província possui 16 centros de inovação tecnológica, concentra cinco mil empresas de eletroeletrônico, 10 mil empresas voltadas ao segmento de iluminação, seus fabricantes de eletrônicos movimentaram US$ 40 bilhões no ano passado e 70% dos jogos eletrônicos e equipamentos de entretenimento que atendem o mercado chinês são produzidos em Zhongshan.

 

Yang Wenlong, vice-prefeito de Zhongshan, quer que empresas brasileiras ganhem mais espaço nessas estatísticas. “O Brasil é um parceiro estratégico. No último ano o intercâmbio comercial entre a província e o Brasil cresceu 10,5%, e tem muito espaço para crescer”, garantiu a autoridade chinesa.

Em 2014 a balança comercial entre o Brasil e a província de Zhongshan movimentou US$ 430 milhões. “Os produtos agrícolas, o artesanato brasileiro, entre outros bens, nos interessam muito”, apontou Wenlong.

A província chinesa encontra-se em um local estratégico. Ela fica próxima a Hong Kong e Shenzhen, por onde passa grande parte da movimentação comercial mundial. Está em execução um ambicioso projeto que pretende ligar Zhongshan a estas duas outras províncias por meio de pontes que irão cruzar um extenso braço de mar. “Queremos ser a porta de entrada de produtos brasileiros para o restante da China”, diz Liu Yuhong, representante do governo de Zhongshan.

Evidentemente há o interesse dos chineses em trazer seus produtos para o Brasil também. Com o apoio da ACSP, 14 empresas da província chinesa apresentaram seus produtos para representantes de comerciais importadoras brasileiras. 

Para o empresário Roberto Ticoulat, vice-presidente da ACSP, esse intercâmbio é fundamental para superar os momentos de dificuldade pelos quais as empresas brasileiras estão passando. “Estamos investindo nesses intercâmbios, principalmente com a China. A proposta é capacitar as empresas a operarem no mercado exterior”, diz o vice-presidente da ACSP.

Uma das apostas de Ticoulat é o Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), uma ação da Apex-Brasil em parceria com o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), da ACSP. O projeto permite que micro, pequenas e médias empresas, que estejam dispostas a exportar, sejam  capacitadas por instituições de pesquisa, a exemplo da Fundação Vanzolini, e recebam o suporte de comerciais exportadoras para adentrarem no mercado externo. 

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