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Setor de doces define ações para o mercado externo - 03/11/2014

No próximo dia 18, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançarão o projeto Sweet Brasil 2015/2016, que define as ações de promoção internacional do setor para os próximos dois anos. Entre os mercados-alvo para segmento estão Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Além dos dois países árabes, Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Rússia, Japão e Coreia do Sul também serão foco das ações internacionais da indústria de confeitaria brasileira. "Eu devo visitar os mercados-alvo do projeto para ver quais são as oportunidades reais para o segmento", conta Rodrigo Solano, gestor de Exportação da Abicab.

"Em fevereiro, eu vou para a Rússia, e em novembro do ano que vem, pretendo fazer uma ação de relacionamento com as principais cadeias de distribuição do segmento nos Emirados e na Arábia Saudita", afirma.

Outra ação que já está confirmada para 2015 é a ida de empresas do setor à feira Sweets & Snacks Middle East, em Dubai. Será a terceira participação das indústrias brasileiras do setor no evento.

Em 2013, três empresas foram à feira. Na edição deste ano, que acontece de 09 a 11 de novembro, o Brasil irá levar sete fabricantes. "Há uma tendência de crescimento porque está tendo muita demanda do Oriente Médio. Talvez, vá ser preciso criar um pavilhão brasileiro ainda maior", aponta o gerente.

Em relação aos produtos, o foco do projeto será a promoção de itens premium e nutracêuticos. De acordo com Solano, existe uma tendência mundial de consumo de produtos que possam ser enriquecidos com vitamina e fazer bem à saúde. Entre as guloseimas do tipo, ele cita balas com gelatina e colágeno, além de produtos feitos à base de amendoim, como a paçoca.

Já no segmento de doces premium, o gerente destaca o chocolate feito com cacau brasileiro. Segundo ele, no sul da Bahia e na floresta Amazônica é desenvolvido um cultivo sustentável da planta, com a preservação da mata nativa.

"E a forma de fermentar a semente do cacau é diferente para conservar a nota de sabores. Essas notas de sabor do cacau brasileiro são diferenciadas", afirma o executivo. Ele explica que a semente da fruta conserva diferentes sabores de acordo com a forma como é fermentada. 

Ele conta ainda que outro tipo de fruta, o cupuaçu, também começa a ser usado para a produção de um produto semelhante ao chocolate. "Está sendo chamado de 'cupulate' e algumas empresas já estão fabricando. Ele tem mais gordura natural e fica mais frutado. Ele também é mais claro que o chocolate", diz.

Exportações

De janeiro a setembro, o Brasil exportou ao mundo 82,2 mil toneladas em produtos de confeitaria, o que gerou US$ 205,6 milhões em receita. Em comparação com o mesmo período de 2013, houve uma queda de volume de 2,1%.

"As empresas estão desenvolvendo produtos para o mercado externo. Até que isso tenha impacto, leva um tempo", avalia Solano. Ele conta, no entanto, que o projeto do setor também irá trabalhar o desenvolvimento de uma cultura voltada ao mercado internacional dentro das empresas de confeitaria. "É para que as empresas percebam o mercado internacional como estratégico, não só como destino de excedente de produção", explica.

Para o mercado árabe, no entanto, os números de janeiro a setembro deste ano foram positivos, com volume exportado de 3,4 mil toneladas (+16,6%) e receita de US$ 7,2 milhões (+15,6%).

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