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Executivos defendem acordos para indústria exportar mais - 29/08/2014

A indústria brasileira precisa de mais acordos comerciais para voltar a exportar.

Essa é a conclusão de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), e de Marcos Jank, diretor de assuntos corporativos da BRF, que participaram do fórum que discutiu os entraves para as exportações industriais no país, realizado nesta quinta-feira (28), em São Paulo.

Para os executivos, o Brasil precisa aumentar os laços comerciais para que a indústria volte a ser competitiva. Segundo Jank, a falta de integração com cadeias produtivas globais é um dos principais entraves para a exportação do país.

"Os países asiáticos crescem mesmo sem qualquer bloco econômico. Ou seja, o importante é se integrar a outros países, reduzindo tarifas para tal", afirmou.

Jank disse que a integração global pode prejudicar os setores menos produtivos, mas é benéfica para o consumidor.

Ambos concordaram que a política comercial com África e América do Sul é importante, mas não pode ser a prioritária.

"Abandonamos o comércio com os EUA por razões ideológicas. Hoje temos apenas acordos com países pequenos, sem expressão mundial", disse Castro.

Segundo ele, o Mercosul é o caminho natural dos produtos brasileiros, mas trava novos negócios já que, por ser uma união aduaneira, precisa da aprovação de todos os membros a cada tentativa de acordo.

"Os novos membros do bloco são a solução e o problema, já que dificultam acordos bilaterais do Brasil", afirma.

CÂMBIO

O presidente da AEB disse acreditar que o problema de infraestrutura brasileira é crônico e aponta aspetos do sistema tributário que o Brasil precisa melhorar para ampliar a eficiência das exportações.

Segundo ele, é praticamente impossível a indústria fechar acordos de exportação por mais de três anos, já que a variação cambial faz com que o empresário não consiga realizar planejamentos de ganhos.

Já Marcos Jank afirmou que o mercado não pode afirmar que o país tenha um desempenho ruim nas exportações apenas pelo câmbio valorizado, já que a cotação do real ante moedas estrangeiras também beneficia a importação.

"Precisamos também de melhorias em competitividade, inovação e investimentos em infraestrutura. Não é só o câmbio", afirmou.

Folha de S. Paulo
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