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Empresários do BRICS querem fortalecer negócios entre países - 14/07/2014

Os empresários de Brasil, Rússia, Índia, China e África Sul trabalham pelo fortalecimento da integração econômica entre os países do Brics. A ideia é aproveitar o acrônimo que os une para melhorar a pauta do comércio e o investimento entre eles. Hoje, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) organiza o Encontro Empresarial dos Brics, o Business Network e o Conselho Empresarial dos Brics. Os três eventos ocorrem no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza, às vésperas da reunião dos chefes de estado dos cinco países.

A expectativa é de que o Business Network, a rodada de negócios que reunirá 602 empresas, movimente US$ 3,9 bilhões. Há interesses nas áreas de agronegócios, infraestrutura, logística e equipamentos de transporte, mineração, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, farmacêutico e equipamentos médicos, energia e economia verde. "Nossa prioridade é buscar uma agenda pragmática. Queremos que o Brics avance e aproveite a aliança política para reforçar a agenda econômica. Conhecemos todos os desafios e as diferenças entre nós. Mas poderemos ser úteis uns aos outros se trabalharmos juntos", diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Dentro das recomendações aos governos, os empresários dos cinco países defendem a aceleração da criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics para promover e facilitar o comércio, negócios e investimentos. Também entendem que é necessário facilitar a emissão de vistos para viajantes a negócios, reduzir barreiras não tarifárias, como restrições técnicas e fitossanitárias, eliminar obstáculos ao comércio, além do engajamento dos chefes de Estado para solucionar problemas relacionados com políticas de comércio entre os Brics, como dumping e subsídios.

Entre as propostas empresariais aparece ainda o aumento das transações em moeda local, com a infraestrutura financeira, sistema de liquidação e o envolvimento dos bancos centrais para reduzir o uso de moeda fora do grupo nas transações comerciais e de investimentos do Brics. Por fim, os empresários defendem a eliminação de subsídios à exportação na agricultura.

O comércio entre o Brasil e os demais países do Brics cresce sem parar, principalmente pela participação da China. Em 2013, a corrente de comércio brasileira com as demais economias do grupo foi de US$ 101 bilhões, representando 21% da corrente de comércio brasileira com o mundo. Em 2008, esse percentual era de 14%. No ano passado, o Brics foi o segundo bloco mais importante para as exportações brasileiras atrás dos países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).

No entanto, do total, US$ 84 bilhões foram negócios com a China, o que torna a pauta brasileira com o Brics concentrada em poucos produtos primários.

Mais de 70% das exportações nacionais para aqueles países são de soja, minério de ferro, óleo combustível bruto. O inverso ocorre com as importações. Aproximadamente 95% da pauta de importações do Brasil são de produtos manufaturados.

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