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Brasil vende mais arroz para sauditas e o mundo - 26/06/2014

O Brasil vem aumentando as suas exportações de arroz e países árabes estão entre os que compraram maior quantidade do produto do País neste ano. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), as vendas externas cresceram 35% de janeiro a maio deste ano sobre iguais meses do ano passado, e 66% de março a maio sobre o mesmo período de 2013. Em março começa o ano comercial da safra do arroz, já que a colheita normalmente ocorre entre fevereiro e abril.

Nos cinco primeiros meses do ano, os arrozeiros do País exportaram 557,06 mil toneladas. De março a maio, a comercialização totalizou 383,3 mil toneladas. Nos dois períodos Cuba foi a nação que mais comprou arroz brasileiro, seguida pela Venezuela. No acumulado do ano, os cubanos compraram 115,3 mil toneladas e os venezuelanos, 87,4 mil. Em seguida no ranking estão Serra Leoa, Senegal, Gâmbia, Nicarágua, Bolívia, Suíça, Países Baixos e Peru.

A Arábia Saudita foi a 17ª maior compradora do arroz brasileiro de janeiro a maio, com 4 mil toneladas adquiridas. A Líbia foi a 19ª, com 1,9 mil tonelada. Em iguais meses de 2013, os líbios não aparecem entre os compradores, mas os sauditas adquiriram 3,1 mil toneladas de arroz brasileiro. Ou seja, neste ano eles importaram volume 30% maior.

"Entre os nove países alvos do projeto Brazilian Rice, a Arábia Saudita é um deles. Outro é a Jordânia", conta o chefe de gabinete do Irga e coordenador da Câmara Setorial de Arroz do Rio Grande do Sul, César Marques. O Brazilian Rice é um projeto levado adiante pelo Irga, Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para promoção internacional do arroz brasileiro.

Pelo projeto, as indústrias participantes participam de iniciativas para aumentar a participação no mercado externo, como feiras e rodadas de negócios, e também são auxiliados na qualificação da produção, principalmente na questão de segurança alimentar. As ações de promoção são direcionadas aos países eleitos como alvos pelo projeto. No mundo árabe, entre as iniciativas estão a participação na Gulfood, feira de alimentação que ocorre em Dubai. Marques afirma que o Oriente Médio consome bastante arroz e que as exigências seguem a Europa. Ele acredita que há espaço para exportar mais para a região.

O coordenador da Câmara Setorial do arroz gaúcho afirma que esse aumento da participação brasileira no mercado externo começou em 2011, quando o País teve uma supersafra. Na época, os preços caíram para R$ 17 a saca de 50 quilos de arroz em casca (abril de 2011). "Se não houvesse uma intervenção do governo federal, haveria uma quebradeira geral", relata.

Quando os preços de mercado estavam em R$ 19,20, o governo federal estabeleceu preço mínimo de R$ 25,80 e direcionou R$ 1,2 bilhão para o setor. Foi paga, então, a diferença entre os valores de mercado e o mínimo aos produtores que exportassem o arroz. Naquele ano, o produto foi vendido para 74 países, conta Marques. No ano seguinte começou a ser levado adiante o projeto de promoção comercial com a Apex-Brasil e o as exportações só cresceram desde lá, mesmo hoje o arroz tendo preço de mercado de R$ 36.

O Rio Grande do Sul é responsável por 95% do arroz exportado pelo Brasil, segundo o chefe de gabinete do Irga. E o governo estadual também adotou medidas para tornar atrativo e competitivo o arroz gaúcho, como o crédito presumido de 7% de ICMS para indústrias que beneficiem o arroz do próprio estado (para ter o benefício só é permitido importar 10% do que se vai beneficiar). Com essas e outras ações, como a de promoção comercial, a balança comercial do segmento vem se mantendo positiva nos últimos quatro anos, incluindo 2014 até o momento.

A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a colheita brasileira de arroz alcance 12,2 milhões de toneladas na safra 2013/2014. A colheita anterior ficou em 11,8 milhões de toneladas.

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