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Auxílio aos pequenos exportadores - 28/04/2014

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) renovou seu acordo de integração com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) permitindo, assim, que seus associados exportadores continuem a ter suporte técnico quando precisarem adequar seus produtos às exigências do mercado externo. O protocolo de intenções de renovação foi assinado na última sexta-feira pelas entidades, que atuam juntas desde 2004.

Durante a assinatura do acordo, Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), enfatizou a importância da parceria. Ele a considera um dever, já que as duas entidades assumiram a responsabilidade de ser a voz dos pequenos empreendedores. "Este é mais um esforço para oferecer estímulo e condições de atuação aos empresários de pequeno porte, que enfrentam um contexto de controle da atividade produtiva conduzido pelo governo federal, além de uma carga tributária que reduz a sua competitividade", disse Amato.

O encontro contou com representantes de diversos conselhos da ACSP que atuam para promover e estimular a atividade econômica e a inserção dos pequenos e médios empreendedores no mercado exportador.

Roberto Ticoulat, coordenador do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), ressaltou a importância da atuação do IPT em todo o País no estímulo ao empreendedorismo e saudou os bons resultados obtidos pela entidade ao longo da parceria com a Associação Comercial. "O CECIEx e o Exportar para Crescer realizarão workshops mensais no próximo ano em todo o Brasil em parceria com a Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (ApexBrasil). A agência, que é governamental, aproximou-se da ACSP para lidar melhor com as comerciais importadoras e exportadoras e, hoje, o governo federal se espelha neste trabalho", afirmou Ticoulat.

E José Cândido Senna, Coordenador Geral do Projeto Exporta, São Paulo, lembrou que a parceria com o IPT desde 2004 possibilitou a realização de oficinas técnicas de capacitação para a adequação de produtos dentro do âmbito do Exportar para Crescer, para torná-los mais competitivos no mercado internacional, pois levou informações importantes aos pequenos e médios empreendedores interessados em exportar sua produção.

Óleo e gás

O protocolo renovado contemplou neste ano a continuação das ações que se encontram em fase de desenvolvimento e estabeleceu diretrizes para investir em alguns setores produtivos específicos como a indústria de óleo e gás, com projetos que envolvem a adequação de produtos, o estímulo à competitividade e o processo de aceleração de internacionalização das empresas do segmento, além de ajudá-las a organizar e enviar ao exterior missões empresariais.

Segundo Senna, este setor é um dos que precisa adequar seus produtos se deseja alcançar a internacionalização. Iniciativas para alcançar este objetivo já foram tomadas, como, por exemplo, as parcerias estabelecidas com empresas do ramo de Houston, no estado norte-americano do Texas. "Os Conselhos de Relações Internacionais da ACSP e o de Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras estão participando deste processo e auxiliando as empresas do segmento", acrescentou.

Durante a cerimônia de assinatura do acordo, Carlos Daher Padovesi, diretor de Operação de Negócios do IPT, explicou que a entidade tem dois grandes objetivos atualmente: a criação de políticas públicas e o apoio à indústria e ao comércio para que eles contribuam para o desenvolvimento do País. Para ele, a renovação do acordo com a ACSP contribui para que se crie um ambiente para ampliar os 3,5 mil projetos anuais que o Instituto desenvolve em todo o Brasil. "Este tipo de parceria nos aproxima de empreendedores necessitados de apoio técnico", comentou.

O Instituto já realizou mais de mil adequações de produtos através da parceria com o projeto Exporta São Paulo da ACSP, informou Mari Tomita Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa. Na sua avaliação, estas ações são importantíssimas para a economia brasileira, pois o Brasil movimenta apenas 1,3% de todo o comércio mundial atualmente e precisa ampliar seu campo de atuação e criar alternativas para as empresas nos momentos em que o mercado interno enfrenta dificuldades. Segundo ela, o IPT oferece tanto a orientação para que o empreendedor adapte seus produtos e máquinas às normas técnicas exigidas pelo mercado internacional quanto uma linha de processos para aperfeiçoamento da gestão de empresas e de gerenciamento de aspectos ambientais que envolvem a produção. "A meta é aumentar esta participação brasileira no cenário comercial externo", disse.

Para o pesquisador do IPT, Vicente Mazzarella, o acordo é importante para aumentar a capilaridade do Instituto em sua tarefa de divulgar as ferramentas para estimular as exportações brasileiras, já que os projetos da instituição neste campo foram iniciados em 1988. Nessa época, lembrou, os Estados Unidos já trilhavam este caminho e a Coréia do Sul iniciou projetos para agregar valor às suas exportações através do aperfeiçoamento técnico no começo dos anos 2000. "Dentro deste contexto, o acordo com a ACSP é importantíssimo, pois é um caminho para que alcancemos o empresário brasileiro", reforçou.

Marcel Solimeo, economista da ACSP, lembrou que os empresários brasileiros sempre tiveram dificuldade durante o processo industrial e para alcançar um nível de qualidade para começar a exportar. Para ele, o acordo visa eliminar estes entraves.

"A Associação Comercial e o IPT contam com pessoas preparadas e envolvidas em seu trabalho. Elas têm o espírito público essencial para o País e buscam a sofisticação da simplicidade para ajudar quem quer empreender. No Brasil, quem consegue exportar é um herói e merece todo o nosso apoio. Estamos aqui para ampliar estas ações e fazer com que elas frutifiquem", concluiu Rogério Amato.

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