facebooklinkedin
Publicidade
:: Home :: Notícias :: Venezuela melhora relações com Brasil após Mercosul
Notícias Veja mais
Venezuela melhora relações com Brasil após Mercosul - 29/01/2014

A entrada da Venezuela no Mercosul já trouxe ganhos para a corrente de comércio entre os dois países. Segundo a Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, no segundo semestre de 2013 a corrente de comércio entre os dois países cresceu 14% em relação ao mesmo período de 2012, ano em que o país foi incorporado no bloco do Mercosul.

Segundo Paulo Lira, superintendente da Câmara, esse número deve crescer ainda mais em 2014, já que a entrada dos produtos brasileiros na Venezuela, devido à necessidade de alterações burocráticas, só começou a ter uma tarifa diferenciada neste início de ano.

O representante da Câmara observou que "se a gente olhar o comércio como um todo, comparado com 2011 a importação do Brasil com relação à Venezuela tinha caído e a corrente de comércio só cresceu 3%, após a entrada no bloco ela saltou enormemente", completou.

Os dados do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que em 2013 a corrente de comércio entre os dois países foi de US$ 6 bilhões, o que demonstra uma estabilidade em relação ao ano anterior. Em 2011, porém, esse número ficou um pouco menor, em US$ 5,8 bilhões.

Para Lira, deve haver um aumento do mercado potencial. "A tendência é que a Venezuela substitua a importação de terceiros países pelo produto brasileiro, com esse acesso livre é provável que expandam as exportações e as importações", previu.

De acordo com dados fornecidos pela Câmara, o setor de combustíveis minerais, que representavam 73% do total nos 10 principais setores em 2012, chegou a 2013 elevando seu percentual de participação em 10,5 pontos percentuais. Alcançando o total de 83% da pauta dos principais setores. Enquanto do ponto de vista das exportações brasileiras, o setor de carnes ganhou mais espaço nos principais setores de exportação e passou de 33% de participação nos dez principais setores exportados.

O consultor em comércio exterior, Welber Barral, explicou que "a Venezuela não fez completamente a liberação comercial, ainda não adotou a NCM [Nomenclatura Comum do Mercosul], quando isso acontecer vamos ver um aumento de demanda maior". Ele espera para este ano que os produtos brasileiros fiquem mais competitivos por " conta do novo patamar do câmbio", disse.

Ele lembrou que, ano passado, algumas empresas brasileiras que vendiam para a Venezuela reclamaram de demora no recebimento nos pagamentos. Segundo Barral, esse atraso tem a ver com uma burocracia do país. "Essa questão vai continuar na pauta bilateral, isso acontece em todas as operações com todos os países. Por conta da queda do preço do petróleo eles têm que controlar a entrada de dólares e, portanto, controlar o fluxo de importações", completou o especialista.

Sobre a situação atual da economia do país, o superintendente da Câmara ressalta que segundo o Banco Central da Venezuela, o Produto Interno Bruto (a preços constantes) cresceu 4,2% em 2011 e 5,5% em 2012. "Segundo o Ministério de Finanças, o país apresentou crescimento consecutivo nos últimos 12 trimestres. O terceiro trimestre de 2013, apresentou crescimento de 1,1%, que somados a 0,6% e 2,6%, respectivamente, do primeiro e segundo trimestre demonstram a curva ascendente da economia venezuelana", colocou Lira.

Reuniões

Hoje tem início na cidade em Cuba a II Reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A cúpula do Mercosul irá se reunir em meados de fevereiro, após duas mudanças de data. A reunião ocorrerá em Caracas e é a primeira que contará com o Paraguai desde que foi suspenso do bloco.

Diário do Comércio e Indústria
Calendário de eventos
Abril