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Kuwait: Negócios com Brasil podem aumentar - 24/01/2014

O Kuwait exportou ao Brasil o equivalente a US$ 1,016 bilhão no ano passado, um aumento de 5,82% em relação a 2012, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na outra mão, as vendas brasileiras ao país árabe somaram US$ 306 milhões, uma redução de 2,34% na mesma comparação.

Frente a um déficit comercial de US$ 710 milhões, há espaço para as companhias brasileiras ampliarem seus negócios. "O Kuwait é um mercado aberto e livre, importamos de tudo, de aviões a fósforos", disse o secretário-geral adjunto da Câmara de Comércio e Indústria do país, Hamad Al-Omar. "Exportamos somente petróleo e petroquímicos e precisamos de tudo, de carros, alimentos, etc.", reforçou o editor de Economia da Kuwait News Agency (Kuna), Fawaz Karami.

A pauta de exportações brasileiras à nação do Golfo, porém, está concentrada na carne de frango, ou seja, produtos de que o Brasil dispõe estão sendo abastecidos por outros fornecedores. "Procuramos muito por qualidade e preço", destacou Omar. Ele contou que o país tem comprado muito de países asiáticos, não só para suprir o mercado local, mas vizinhos, especialmente o Iraque.

De acordo com o executivo da câmara de comércio, os alimentos são prioridade nas importações kuwaitianas. "Importamos de todos os países, especialmente de outras nações árabes, da Turquia, frutas do Chile, dos Estados Unidos também", exemplificou. Carnes de ovinos e bovinos vêm da Austrália, Índia e da África.

O mercado local necessita também de empresas de construção para implementar projetos de infraestrutura. No comércio e em outras áreas, há um ímpeto em ampliar os negócios com economias emergentes. "Estamos tentando ampliar as relações com países do Sul (nações em desenvolvimento)", afirmou Karami.

Embora os olhares estejam mais voltados à Ásia, outros mercados são vistos com simpatia. "Queremos conhecer a experiência brasileira em setores não ligados ao petróleo", disse Karami.

Os kuwaitianos têm interesse também em saber mais sobre as oportunidades de investimentos no Brasil. Karami citou como exemplo as concessões de aeroportos, Omar acrescentou que entre as preferências dos investidores locais estão as áreas de turismo, hotelaria, agricultura e o ramo imobiliário em geral. "Mas nós não sabemos quais são as oportunidades de investimentos no Brasil, é preciso fazer mais marketing", destacou o executivo da câmara de comércio.

Imóveis, hotelaria e turismo são sem dúvida setores em que o Brasil tem oportunidades, e neste caso o Kuwait pode ser emissor não somente de investimentos, mas também de turistas. Segundo o professor de Relações Internacionais da Universidade Americana do Kuwait, George Irani, os kuwaitianos viajam muito e gastam bastante dinheiro fora. E o dinheiro local vale muito, são US$ 3,53 por dinar kuwaitiano.

ANBA
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