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Exportação com hora marcada - 12/12/2013

Três ministros do governo (Agricultura, Transporte e Portos) garantiram que não vai se repetir em 2014 o caos no trânsito em São Paulo devido ao escoamento da safra agrícola. Eles apresentaram ontem medidas de curto, médio e longo prazo que o País está adotando para melhorar o sistema de exportação de grãos que, no próximo ano, tem previsão de enviar para fora mais de 100 milhões de toneladas, valor quase 10% maior que o que será realizado neste ano.

A principal medida de curto prazo é o funcionamento de um sistema de controle de chegada de caminhões ao Porto de Santos, o principal exportador de grãos de país. O sistema vai ampliar o número de locais de retenção de veículos próximo à Região Metropolitana de São Paulo para evitar que o sistema Anchieta-Imigrantes e a cidade de Santos enfrentem grandes congestionamentos como no ano passado. Os caminhões só vão poder descer a Serra do Mar se estiverem no horário agendado pelo porto.

"Nesse ano houve uma ação não planejada de chegada da carga. Ano que vem estamos entrando com uma operação planejada, agendada para os acessos de forma a mitigar qualquer confusões nas entradas da cidade e nas estradas de acesso. Não vai se repetir a situação do ano passado", disse o ministro de Portos, Antonio Henrique Silveira, .

O ministro dos Transportes, Cesar Borges, afirmou que, com a solução dos problemas de chegada no porto, as estradas não serão empecilho ao escoamento dos grãos. Segundo ele, obras de maior porte para melhorar o escoamento principalmente pelo norte do País estão em desenvolvimento e algumas delas já poderão ser utilizadas parcialmente na próxima safra.

Ele criticou o fato de o País não ter um sistema adequado para armazenar a safra, o que faz com que seja necessário escoar a maior parte dos grãos num curto período de tempo. Dados do governo mostram que em Santos, nos meses entre março e maio, são despachados em média 3,5 milhões de toneladas. Em outros meses do ano, a quantidade não chega a 1,5 milhão.

Em apresentação ontem, a presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora Kátia Abreu, apontou um outro fator que deverá reduzir a pressão sobre os portos no ano que vem.

Segundo ela, no ano passado houve uma grande procura por milho brasileiro no fim do ano devido à quebra da safra americana. A exportação imprevista do milho nos últimos meses de 2012 e primeiros meses de 2013, atrasou o início das exportações de soja, produto que estava com mais de 70% da produção vendida previamente. Segundo ela, esses dois fatores não devem se repetir em 2014 porque a safra de milho americana está normal e os compradores de soja só reservaram até agora pouco mais de 30% da produção brasileira. 



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