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Empresários argentinos tentam destravar negociações comerciais - 28/11/2013

Empresários argentinos querem aproveitar o momento de sinalização de mudanças no estilo do governo de Cristina Kirchner para destravar o comércio com o Brasil e as negociações internacionais do Mercosul. Essa é a mensagem que o gerente de Relações Institucionais da Câmara de Importadores da República Argentina (Cira), Miguel Ponce, vai levar a São Paulo hoje, durante seminário da Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) sobre os desafios e as oportunidades de negócios na Argentina.

"Vou explicar a situação que vivemos com o câmbio e o interesse dos setores industriais produtivos argentinos de acelerar os mecanismos de integração, sobretudo levando em consideração a velocidade com que a União Européia está negociando uma área de livre-comércio com os Estados Unidos", afirmou Ponce. Segundo ele, a ideia é unir o setor privado de ambos os países para sensibilizar o governo argentino a entregar rapidamente sua proposta para compor a oferta do Mercosul à UE, com vistas à formação de uma área de livre-comércio entre os dois blocos.

"A Argentina só entregou a lista de produtos, mas não a de serviços, nem de investimentos, muito menos a de compras governamentais", apontou. O executivo afirmou que "há suspeitas no Uruguai e no Brasil de que a Argentina poderia atrasar a entrega e dificultar as negociações", previstas para dezembro. "Não podemos ficar fora do processo de integração, especialmente porque os vizinhos vão integrar-se aos demais blocos e nós não estamos indo no mesmo ritmo que o resto dos países do Mercosul", reclamou, em referência ao fato de que o Brasil e o Uruguai já têm suas ofertas prontas.

O Paraguai também já confeccionou sua lista de bens e serviços, embora ainda não tenha sido reintegrado ao bloco oficialmente. Tanto o Paraguai quanto a Venezuela teriam ritmos diferentes de adesão ao possível tratado entre o Mercosul e a UE. Na avaliação de Ponce, o governo argentino "deu um passo muito interessante para melhorar a posição da Argentina" no mundo por meio do acordo de indenização à Repsol pela estatização de 51% de suas ações da petrolífera YPF, anunciado na segunda-feira à noite.

"É um sinal importante de mudança e temos de aproveitar o momento para avançar e melhorar o intercâmbio comercial da Argentina com o Brasil e, juntos, adotarmos estratégias comuns para participar em terceiros mercados", afirmou.

O Estado de S. Paulo
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