facebooklinkedin
Publicidade
:: Home :: Notícias :: Exportações garantem montadoras
Notícias Veja mais
Exportações garantem montadoras - 07/11/2013
 
Com um ritmo de vendas mais baixo, em um cenário de crédito mais restrito, e estoques elevados, as montadoras decidiram desacelerar a produção nas linhas de montagem depois de meses de forte atividade. Mesmo assim, no acumulado dos dez primeiros meses do ano, a produção cresceu 12,4%, para 3,17 milhões de unidades.
 
As fábricas produziram 323,7 mil unidades em outubro, 2,5% menos do que no mês anterior e praticamente estável (0,5%) em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Anfavea, a associação das montadoras. No segundo semestre, a produção vem sendo sustentada pelos caminhões e pela recuperação das exportações. 
 
A alta do dólar e o bom desempenho de mercados compradores, em especial a Argentina, ajudam a impulsionar os números para níveis acima do previsto. Em outubro, as vendas ao exterior somaram 51,8 mil unidades, com 22,9% de aumento, e elevaram o desempenho acumulado no ano para avanço de 30,6%. A previsão é encerrar o ano com um volume 20% superior ao de 2012. 
 
A substituição dos importados por produtos nacionais, na esteira do novo regime automotivo, também contribui para sustentar a atividade nas fábricas instaladas no Brasil neste ano. A participação dos estrangeiros caiu para 18,7% no acumulado até outubro, ante 20,7% em 2012. 
 
Fiat lidera – A Fiat liderou as vendas de carros e comerciais leves, com 61.569 unidades ante 63.202 em setembro. A companhia foi seguida pela GM que registrou vendas de 60.868 carros e comerciais leves em outubro, após 50.687 em setembro. A Volkswagen vendeu 56.378 unidades, ante 56.590 no mês anterior, e a Ford, 29.425, após 28.437 em setembro. Seguiu-se a Renault, com 21.645 unidades, ante 20.626 no mês anterior.
 
Em caminhões, o mercado em outubro foi liderado por MAN, do grupo Volkswagen, com vendas de 3.511 unidades, crescimento de 6,7% ante setembro. Em seguida aparece a Mercedes-Benz, com 3.312 caminhões e expansão mensal de 3%. A Volvo vendeu 1.914 unidades em outubro, alta de 9,6% sobre setembro.
 


Falta de crédito – Para o presidente da Anfavea, Luiz Moan, parte da desaceleração dos últimos meses é atribuída à restrição no crédito. Para contornar, a aposta das montadoras para garantir uma retomada mais expressiva nos negócios nos dois últimos meses é a retomada das operações de leasing, que poderão servir como uma alternativa para driblar a restrição de crédito, já que têm um custo mais baixo. 
 
Há quem acredite também numa antecipação de compras no final do ano para evitar preços mais altos em 2014, quando quando está prevista a desoneração ao setor, em vigência desde maio do ano passado, e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) será retomado. 
 
Diante do cenário de desaceleração, o governo e representantes do setor já sinalizaram que a alíquota do imposto, programada para voltar ao patamar original em janeiro, subirá menos que o previsto, assim como aconteceu com os produtos da linha branca. 
 
Estoques mantidos – Os estoques das montadoras ficaram estáveis em outubro apesar do ajuste das empresas para desacelerar o ritmo da produção. Pátios de fábricas e de concessionárias acumulavam 439 mil unidades em outubro, volume suficiente para 40 dias de vendas, mesmo nível registrado em setembro. 
 
O indicador de estoques é observado com atenção pelos analistas e pelo governo por ajudar a indicar a tendência para produção e por servir de balizador para políticas de incentivo ao setor. O acúmulo de unidades nos pátios foi o argumento usado para que o governo reduzisse as alíquotas do IPI em maio de 2012. 
 
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, classificou como normal o nível de estoques registrado em outubro e sustentou a previsão de aquecimento do mercado nos últimos dois meses do ano, para um nível capaz de reverter a tendência de queda. 
"Nós acreditamos no momento atual, com investimentos fortíssimos em marketing pelas montadoras. Sabemos que sazonalmente os últimos meses do ano são muito fortes", diz. 
 
Diário do Comércio
Calendário de eventos
Abril